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Final dos trabalhos na USP

Minha relativa ausência em janeiro deve-se aos inúmeros trabalhos que fui obrigado a fazer para as disciplinas do segundo semestre do mestrado em Economia da USP. Embora as aulas tenham terminado em dezembro, é evidente que os professores não nos deixariam livres.

Das três disciplinas em que me matriculei, três tinham como avaliação, pelo menos parcial, um trabalho a ser feito no mês de janeiro. Na disciplina "Teorias Contemporâneas de Justiça", do Departamento de Ciência Política, entreguei um trabalho intitulado "Justiça e Desenvolvimento no Pensamento de Amartya Sen". Na cadeira de "Economia Institucional", resumi e tentei juntar algumas teorias sobre instituições, distribuição de poder político e educação. Em "Econometria II - Séries de Tempo", estamos eu e um colega tentando entender o que acontece com as exportações de café hoje em dia utilizando principalmente vetores autoregressivos (VAR): esse último trabalho deve ficar pronto hoje ou amanhã.

Essas disciplinas são todas optativas (embora todos os alunos da minha turma por acaso cursem Econometria II), mas existem várias outras opções para o segundo semestre. Alguns alunos estarão até dia 31 se dedicando a um trabalho de Macroeconomia Keynesiana. Outros estiveram ocupados com listas de exercicios de Macroeconomia II. Enfim, para aqueles que precisam saber mais sobre o mestrado da USP, respondo as dúvidas que forem necessárias.

Em breve, volto aos debates que movimentaram esse blog recentemente.

Comentários

A minha estimação da Lei de Thirwall para a América Latina, utilizando dados em painel, está custando para sair! Mas tenho até o dia 4 de fevereiro, com atrasos permitidos.

Já tenho os dados e os artigos lidos (inclusive uns que eu trouxe de Porto Alegre, das cadeiras de Eco. Bras. II e História Econômica da América Latina). Mas estou com uma inércia para escrever...

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Endogeneidade

O treinamento dos economistas em métodos quantitativos aplicados é ainda pouco desenvolvido na maioria dos cursos de economia que existem por aí. É verdade que isto tem melhorado, até porque não é mais possível acompanhar a literatura internacional sem ter conhecimento razoável de técnicas econométricas. Talvez alguns leitores deste blog ouçam falar muito em endogeneidade ou variáveis endógenas, principalmente no que se refere a modelos econométricos. Se pensamos em modelos de crescimento endógeno, o "endógeno" significa que a variável que causa o crescimento é determinada dentro do contexto do modelo. Mas em econometria, embora não seja muito diferente do que eu disse na frase anterior, endogeneidade se refere a "qualquer situação onde uma variável expicativa é correlacionada com o erro" (Wooldridge, 2011, p. 54, tradução livre). Baseando-me em um único trecho do livro do Wooldridge (Econometric Analysis of Cross-Section and Panel Data, 2 ed, 2011, p. 54-55)

Lutero e os camponeses

São raros os momentos que discorro sobre teologia neste blog. Mas eventualmente acontece, até porque preciso fazer jus ao subtítulo dele. É comum, na minha condição declarada de cristão luterano, que eu sempre seja questionado sobre as diferenças da teologia luterana em relação às outras confissões. Outra coisa sempre mencionada é o episódio histórico do massacre dos camponeses no século XVI, sancionado por escritos de Lutero. O segundo assunto merece alguma menção. Para quem não sabe (e eu nem devo esconder isso), Lutero escreveu que os camponeses, que na época estavam fazendo uma revolta bastante conturbada, deveriam ser impedidos de praticarem tais atos contrários à ordem - inclusive por meio de violência. Lutero não mediu palavras ao dizer isso, o que deu a justificativa para a violenta supressão da revolta que ocorreu subsequentemente. O objetivo deste post não é inocentar Lutero do sangue derramado sobre o qual ele, de fato, teve grande responsabilidade. Nem vou negar que Lutero

Exogeneidade em séries de tempo

Mais um texto de quem tem prova de econometria na segunda-feira. Quem não é economista não deve de forma alguma ler esse texto. Não digam que eu não avisei. Quando falamos de exogeneidade na econometria clássica, estamos falando da chamada exogeneidade "estrita", que nada mais consiste no fato de uma variável x não ser correlacionada com qualquer erro. Nas séries de tempo, no entanto, trabalha-se com três tipos de exogeneidade, dependendo do fim proposto. Na busca de resultados em inferência estatística (modos de estimar parâmetros e formulação de testes de hipótese), utiliza-se, em séries de tempo, o conceito de exogeneidade fraca. Para isso, precisamos 'fatorar a função de distribuição em duas partes: distribuição condicional e distribuição marginal . Define-se que uma variável é fracamente exógena em relação aos parâmetros de interesse se, e somente se, houver um certo tipo de reparametrização e atender duas condições: a variável de interesse precisa ser função de apen