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Mostrando postagens de junho, 2008

Mudanças na península

Segundo o NY Times, há mudanças ocorrendo na península: North Korea Destroys Nuclear Reactor Tower, South Korea's MBC Reports SEOUL, June 27 (Reuters) -- North Korea on Friday brought down a cooling tower at its Soviet-era nuclear plant, said South Korean broadcaster MBC, which has a crew at the site. The move was part of a process of dismantling the state's nuclear program in return for easing its international isolation. Pyongyang on Thursday handed over an account of its nuclear program, fulfilling a key requirement in six-nation talks on halting North Korea's nuclear weapon program and creating a nuclear-free zone on the Korean peninsula.

Amigos administradores

Aos visitantes administradores, levem na esportiva. Carta de Eugênio Gudin para o ministro da Educação Gustavo Capanema, após passagem pela Universidade de Harvard, onde encontrou os professores do departamento de Economia para perguntar sobre a criação de uma faculdade de Economia no Brasil: Perguntamo-lhes [aos professores de Economia de Harvard] também sobre a conveniência ou não de separar as duas faculdades, a de economia e a de administração. Eles nos levaram à janela para mostrar-nos, do outro lado do rio, a faculdade de administração, admiravelmente instalada aliás, e nos recomendaram que se não tivéssemos um rio, abríssemos um canal [...] para separar as duas faculdades. Carta de Gudin a Capanema, 21/8/1944. GC 38.09.17 doc 22, série G. In Schwartzman, S.; Bomeny, H.M.B.; Costa, V.M.R. Tempos de Capanema . 2 ed. São Paulo: Paz e Terra: FGV, 2000, p. 240.

Sobre os males da desigualdade - parte 2

Em sua resposta ao meu último post nos comentários, Joel do Terra à Vista defende que o poder político, seja lá de quem for, seja diminuído, porquanto poder político seria a influência de grupos de pressão sobre o Estado em relação à alocação de recursos. Tais interferências estatais distorceriam o funcionamento natural do mercado, levando a uma situação injusta no sentido procedimental. Richard do "Depósito de" , claro adepto de concepções deontológicas, advoga o mesmo e vai além: "é altamente recomendado que países com grande desigualdade social não busquem diminuir tal desigualdade através de programas estatais". Do mundo ideal sem Estado advogado pelos neo-austríacos, a passagem para o mundo real é normalmente problemática. É difícil conceber uma situação de extrema desigualdade de recursos econômicos sem que a parcela privilegiada da sociedade utilize desses recursos para criar instituições que lhe favoreça. Uma vez que o poder político momentâneo dessa par

Sobre os males da desigualdade - parte 1

Joel do Terra à Vista escreveu há algumas semanas acerca das benesses da desigualdade social , contrariando a moda reinante. Em resposta, seguirei um pouco mais a tendência popular a ver com maus olhos a desigualdade. É evidente que Joel tem razão quando afirma que um certo grau de desigualdade é necessário para sabermos que setores estão sendo mais remunerados, orientando a oferta para os setores em que a demanda mostra-se relativamente excessiva. É o próprio mercado que cria essas desigualdades. Nenhum economista negaria que essa desigualdade em níveis razoáveis é positiva. Aliás, são poucos os teóricos igualitários que desconsideram esse ponto. O Princípio da Diferença advogado pelo liberal-igualitário John Rawls em sua influente obra "Uma Teoria de Justiça" permite que haja desigualdade quando ela favorece a parte da sociedade menos avantajada em relação a uma situação de igualdade estrita. Assim, Rawls não defende a igualdade estrita, uma vez que ela acabaria com os inc

Considerações sobre educação pública

A comunidade universitária costuma debater em termos de "público vs. privado" quando se fala de educação superior. Muitos economistas costumam dizer que os países prósperos investiram em educação primária primordialmente, tendo ocorrido o contrário no Brasil. Assim, economistas são considerados como aqueles que querem acabar com a universidade pública. Não obstante alguns economistas realmente queiram acabar com universidades públicas, não é exatamente esse o ponto do argumento quando analisamos empiricamente. O problema não é a universidade ser pública e o Estado gastar recursos em sua manutenção. Quando se soma isso à falta de gastos no primário é que é preocupante. Muitos países prósperos também investiram em universidades públicas, mas não existe país próspero que não tenha investido maciçamente em educação básica. Lindert (2003, p. 325-6) propõe algumas medidas para detectarmos quando as políticas educacionais estão claramente favorecendo a elite: (1) taxa de suporte ao

Resposta ao Diego: ética e crenças

Diego Rodrigues falou de seu posicionamento favorável acerca das pesquisas com células-tronco embrionárias. Se pudéssemos votar nessa questão, nossos votos coincidiriam. No entanto, Diego disse coisas com as quais discordo profundamente e achei que valeria a pena postar meu comentário por aqui também. Quem quiser entender a discussão, leia o texto dele e leia a minha resposta abaixo: Diego, vou ter que discordar profundamente de ti em algumas questões. Até agora, tenho sido a favor das pesquisas, embora considerando que a decisão não é simples. No entanto, a forma que tu atacou o pensamento religioso não faz muito sentido quando tu quer falar sobre ética. Ética tem a ver necessariamente com nossas concepções de mundo, sejam elas religiosas ou não. Podemos atribui-las a Deus, a filósofos ou a quem quer que seja. Tu dizes que "o ético não pode ser confundido com a crença, com a bíblia, com os valores e ideologias que sustentam concepções de mundo e de vida". Mas o ético trata