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Mostrando postagens com o rótulo teologia da libertação

Campanha da Fraternidade

O tema da Campanha da Fraternidade desse ano é "Economia e Vida", como a mídia tem propalado nos últimos dias. Como tem acontecido a cada cinco anos, a Campanha da Fraternidade desse ano é ecumênica, contando com a participação não apenas da Igreja Católica Romana, mas também de todas as outras igrejas do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil , o CONIC. As declarações têm sido polêmicas, muito críticas ao modelo atual do capitalismo. O reverendo anglicano Luiz Barbosa, secretário-geral do CONIC, chegou a fazer referências a partidos - não em tom necessariamente elogioso, mas que já gera polêmicas. Ainda não ouvi pronunciamentos do Pastor Carlos Möller, luterano (e pai de meu amigo Mathias) e presidente do CONIC. Estando indiretamente envolvido nesses assuntos, por estar participando de debates parecidos no Conselho Mundial de Igrejas, acredito que várias das críticas levantadas pelas igrejas são válidas. De fato, o dinheiro tem adquirido caráter divino - aquilo que o...

Sacramentum Caritatis

O Jornal O Estado de São Paulo publicou uma matéria no último domingo acerca da nova exortação assinada pelo Papa chamada de Sacramentum Caritatis e sobre o silêncio imposto a mais um teólogo da libertação, o jesuíta salvadorenho Jon Sobrino. Entre algumas proposições ali expostas encontram-se a volta do latim nas missas e a condenação do segundo casamento. Além disso, a exortação trata como inegociável o aborto, a eutanásia, o divórcio, as uniões homossexuais e o ensino da religião católica. Em suma, a exortação é uma grande crítica a modernidade. E obviamente, Bento XVI continua afirmando o fim da teologia da libertação, que trata a classe pobre como messiânica, esquecendo que a graça de Deus é pra todos. O papado de Ratzinger é uma espécie de continuação do papado de João Paulo II em termos doutrinários, embora suas personalidades sejam completamente diferentes. Enquanto Bento XVI é conhecido por ser um brilhante teólogo, o polonês era considerado um místico, além de ter u...

Os limites da teologia da libertação

Uma teologia fundamentada em conceitos que não são consenso e carregam consigo forte carga ideológica. Esse é o maior problema da teologia da libertação. Não que outras teologias não tenham carga ideológica. De fato, a teologia da libertação (TL)prestou um serviço ao chamar atenção para o lado social, denunciando uma igreja aliada ao poder e pouco atuante no serviço ao próximo. Entretanto, a TL erra ao confiar cegamente em concepções metodologicamente duvidosas como as provindas do marxismo, dividindo o mundo em opressores e oprimidos de forma maniqueísta. Além disso, reduziu o problema da igreja ao mundo que vemos, tratando o ser humano praticamente como um ser que tem apenas necessidades materiais. É óbvio que o que afirmei pode ser um exagero: não tenho lá tantas leituras acerca dessa teologia e sei da seriedade de muitos teólogos dessa linha que não deixam de lado a espiritualidade. Mas estou falando daquilo que apareceu como resultado. Talvez uma síntese entre o que chamou atenção...