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Mostrando postagens de agosto, 2009

Novo secretário-geral do CMI

O Conselho Mundial de Igrejas elegeu seu novo secretário-geral: Olav Fyske Tveit (Igreja da Noruega). Tveit é proeminente em uma discussão entre as igrejas acerca do tema globalização. A Igreja da Noruega tem defendido uma posição crítica a alguns aspectos da globalização, sem, no entanto, propor medidas revolucionárias ou a condenação do mercado, como proposto por documento anterior do CMI . *** Por motivos pessoais, o ritmo de postagem desse blog vai diminuir. Estou em Porto Alegre para resolver esses problemas com a companhia de minha família. Espero em breve estar apto a postar com a freqüência usual.

Elites: uma resposta

Amsden, DiCaprio (não o ator) e Robinson tem uma definição: "The origins of the term are firmly rooted in Pareto's work on the distribution of wealth and the ruling class. But today, the term goes beyond its roots in class and is used to describe actors at various levels of society. A working definition we adopt here is that elites are "a distinct group within a society which enjoys privileged status and exercises decisive control over the organization of society." This does not require that the actor be either wealthy or a member of the ruling class, but it does suggest that they have a measurable impact on development outcomes" Meu orientador me mandou essa. Se vocês olharem no site, esse texto é parte de uma conferência sobre elites e desenvolvimento ocorrida em Junho na UNU-WIDER em Helsinki.

Alguém sabe definir "elite"?

Em minha dissertação, tenho falado bastante dos termos "política educacional elitista", "elites" e coisas do tipo para dizer que a educação primária não foi prioridade ao longo da história. Aí o orientador pediu pra eu definir "elite". Vocês já devem estar enjoados do Acemoglu (e do Robinson, seu co-autor) neste blog, principalmente nos últimos dias. Mas é deles uma definição que achei, um tanto quanto vaga e imprecisa (como discutia com seu Guilherme Stein dos Rabiscos ). Afinal, quem é a elite? Aí vai a resposta deles: This depends to some extent on context and the complex way in which political identities form in different societies. In many cases, it is useful to think of the elite as being the relatively rich in society, as was the case in nineteenth-century Britain and Argentina. However, this is not always the case; for instance, in South Africa, the elites were the whites and, in many African countries, the elites are associated with a particular

Fotos do WEHC

Pra quem ainda não enjoou do assunto: já estão no ar as fotos oficiais do XVth World Economic History Congress 2009 . Acho que apareço em apenas uma das centenas de fotos . Aí vai uma amostra do que pode ser visto por lá. Acemoglu em sua melhor pose:

Colin Lewis na FEA

Já está anunciado: curso com o professor Colin Lewis do Department of Economic History da London School of Economics and Political Science (LSE) . MINI CURSO “LATIN AMERICAN DEVELOPMENT IN HISTORICAL PERSPECTIVE” De 31 de agosto a 3 de setembro, às 11h30, FEA-USP Participante: Prof. Colin Lewis (London School of Economics) Responsável: Prof. Dr. Renato Colistete Realização: EAE Inf.: 3091-5802 Imperdível.

Repercussões de Utrecht

Recebi e-mail de Aldo Musacchio, professor da Harvard Business School. Ele criticou meu paper da introdução à conclusão, mas numa boa. Faz parte mesmo. É interessante que o pessoal de história econômica mais antigo costuma gostar do paper , ao passo que os mais novos, que preferem uma estrutura mais enxuta de paper (de preferência com a utilização de variáveis instrumentais), acham o paper pouco claro. Joesph Love mostrou ser um cara bastante solícito via e-mail. Enviou-me uma referência bem recente sobre educação no governo Vargas. Disse que a USP deveria arranjar um se não tivesse uma cópia. Fiquei impressionado que todos esses caras muito conhecidos que mencionei são solícitos e muito menos arrogantes do que poderiam ser - eu, às vezes, devo ser mais arrogante que eles. Love é um senhor muito simpático, Peter Lindert é muito tranqüilo. Jeff Williamson prefere que o chamem de Jeff. Luis Bértola também conversa e faz piadas. Bill Summerhill não estava lá, mas sabemos que ele é muito

Por que a Revolução Industrial foi na Inglaterra?

Foi essa a pergunta que direcionou o debate de encerramento do World Economic History Congress 2009 entre Bob Allen e Joel Mokyr. O primeiro é professor em Oxford, enquanto o segundo em Northwestern: ambos brilhantes historiadores econômicos com trabalhos sobre a Revolução Industrial. Novamente, o evento foi na Dom Kerk, a velha igreja da cidade construída no século XIII (acho eu). Bob Allen lançou um livro recentemente sobre o tema, chamado "The British Industrial Revolution in Global Perspective", onde defende a tese de que a Inglaterra foi a pioneira por dois motivos fundamentais: o preço do carvão era mais baixo e os salários eram mais altos, levando a investimentos intensivos em capital. Tudo isso tem ver, é claro, com instituições e capital humano também. Mokyr, por outro lado, com sua retórica, tem outros livros sobre o assunto, como este e este novo . Para Mokyr, a questão mais importante é por que teria sido na Europa - um dos países europeus chegaria de qualquer

Mais sobre Utrecht

Lugar feio que a gente está em Utrecht para o World Economic History Congress , não? Esse é o pátio do que chamamos de Academy Hall, ao lado da Dom Kirke, a gigantesca igreja da cidade. *** O uruguaio Luís Bértola me viu e disse em português: "Ô cara!". Aprocheguei-me e perguntei se tinha pegado pesado na pergunta . "Não - é assim que se avança", disse ele, "tu sabe que metade dos uruguaios querem ser argentinos, a outra metade quer ser brasileira. Eu faço parte do grupo dos que querem ser brasileiros". Pelo menos foi mais ou menos isso. Gente boa ele. *** Muitos aqui tem expressado seu desejo de fazer um pós-doutorado em Utrecht. Cidade muito agradável, com muitos bares e restaurantes a beira de canais. Poucos carros, muitas bicicletas. Ademais, é perto de Amsterdam, caso seja necessário ir para a cidade grande. Entre 20 e 30 minutos de trem. Até agora, só tenho elogios à organização holandesa. Até agora não houve maiores falhas, apesar do sonífero calor

O dia em que fiz Acemoglu gargalhar

Iniciou hoje o World Economic History Congress 2009 . Cerca de 1200 participantes em Utrecht, cidade agradável com seus canais e particular arquitetura. Na abertura, a palestra de Daron Acemoglu do MIT sobre história e desenvolvimento na igreja da cidade. Um resumo muito bom de boa parte de seus papers, misturando seus trabalhos de mercado de trabalho e tecnologia com seus trabalhos sobre instituições, poder político e desenvolvimento. Na primeira seção da manhã, assisti uma seção de teses. Travei contato então com Aldo Musacchio, atualmente na Harvard Business School, que trabalha com Brasil e também está interessado em educação. Além disso, após eu fazer uma pergunta, o famoso historiador brasilianista Joseph Love percebeu que eu era brasileiro e, simpaticamente, veio falar comigo. Gente boa. Na seção da tarde, teve o vice-presidential session, presidido por Jan Luiten Van Zanden, sobre desigualdade global no longo prazo. A sessão estava completamente cheia, uma vez que lá estavam na