Críticas à industrialização via substituição de importações ocorrida em vários países da América Latina são inúmeras quando se olha pelo retrovisor. O interessante é observar como em meados dos anos 60, as críticas a certos aspectos do processo já eram bastante comuns. Com a estagnação dos anos 60 e as diversas crises, é ponto comum entre autores como Macario (1964), Hirschman (1968) e Baer (1972) de que a incapacidade de exportação e a ineficiência da indústria manufatureira era um sério problema, sem contar os problemas no balanço de pagamentos que perseguiram o processo durante todo o período, o chamado estrangulamento externo (Tavares, 1972). Segundo Macario (1964) e Baer (1972), o protecionismo foi exagerado na América Latina. É possível se discutir possíveis vantagens do protecionismo, se feitas moderadamente. Alguns dirão que não há vantagem alguma em qualquer tipo de protecionismo, como argumentado já em alguns comentários em posts anteriores. No entanto, mesmo que você seja de...
Oikomania: Reflexões em História Econômica, Desenvolvimento e Filosofia Política