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Divagações de um viajante na Suíça

Ontem passamos a tarde em Neuchâtel: a primeira cidade da Suíça de língua francesa que conheci. A arquitetura por lá é um pouco diferente das cidades germânicas. Não obstante o fato de ser menos conhecido que Luzern, Neuchâtel é muito relaxante e menos turística. Em Luzern, havia turistas demais na minha opinião... e eu era um deles.

Hoje foi a vez de conhecer a maior cidade do país: Zürich. Os carros lá em geral parecem ser mais caros. Os bancos podem ser encontrados em várias esquinas. É, de fato, a cidade economicamente mais imporante que vi até agora, pelo menos na aparência. Como disse o Daniel, os habitantes de Bern não passam de camponeses perto do pessoal de Zürich. Por isso, eles talvez tenham a mente mais aberta, pro bem e pro mal, como quase tudo nesse mundo.

As fotos estão no meu álbum do orkut. Recomendo fortemente que dêem uma olhada.

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O sistema democrático suíço é bastante curioso. Eles tem sete governantes a nível federal. Embora exista um parlamento, qualquer cidadão pode enviar uma proposta para o legislativo e, de repente, é possível que seja convocado um plebiscito para decidir a questão. Isso foi o pouco que me explicaram a respeito disso. É um modelo interessante, mas creio que impraticável em países grandes como Brasil ou EUA.

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Depois de voltar de Zürich, encontrei uma amiga do Daniel e da Alena para ir a um culto evangélico (não no sentido de Evangelische-reformierte...). Lá existe a Vineyard Bern: Vineyard é uma igreja que existe em vários lugares do mundo que enfatiza muito o louvor. Seus álbuns de música são conhecidos por todo o mundo evangélico por gravarem músicas cristãs ao gosto pop, de acordo com a tendência. Geralmente músicas fáceis de cantar e tocar e, por vezes, com refrões repetitivos. Muitas das letras são meio pobres, mas é inegável que a forma buscada por eles alcança um grupo muito maior de pessoas.

Embora a Suíça esteja no meio da Europa, sempre considerada por demais secularizada, os evangélicos e pentecostais existem por lá. Evidentemente, não são fenômenos de popularidade como as igrejas brasileiras. Mas o culto que eu fui tinha bastante gente. A Gabi, a moça que foi comigo, participa daquela igreja regularmente. No culto que fomos, há tradução simulatânea para o inglês através de fones. Infelizmente, não estava em condições físicas de acompanhar o culto com atenção. Mas foi legal, as pessoas foram muito gentis e simpáticas ao final do culto. Muito melhor do que a frieza que algumas vezes sentimos quando vamos a um culto.

Eu até queria ver um culto reformado no país onde Calvino e Zwinglio pregaram. Mas assistir um culto em alemão suíço seria duro demais...

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Amanhã é dia de ir para Genebra, cidade onde Calvino liderou um dos movimentos de Reforma protestante. A Comissão das Igrejas em Assuntos Internacionais do Conselho Mundial de Igrejas realizará sua primeira reunião depois da Assembléia, ou seja, é um novo mandato com novos integrantes. Eu sou um deles e estarei representando não só a minha Igreja mas as igrejas do meu país que fazem parte do CMI. Muita responsabilidade talvez. Mas Deus ajudará a guiar os passos da gente. Não é algo para se orgulhar, é apenas uma oportunidade de servir - pelo menos deveria ser.

Finalmente, espero, poderei ver que papel positivo o CMI pode ter para os fins buscados por Cr isto. Direitos humanos, diálogo, violência e desenvolvimento: esses são assuntos tratados por esse braço do CMI. Espero, no entanto, que haja espaço para buscarmos soluções para esses problemas sem perder o foco no verdadeiro sentido de ser igreja.


Comentários

Joel Pinheiro disse…
Olá Thomas.
Já que você está participando da reunião do Conselho Mundial de Igrejas, gostaria de lhe fazer uma pergunta sobre o tema:

Quais foram, na sua visão, as conquistas e avanços concretos do movimento ecumênico até hoje? E o que se espera do ecumenismo para o futuro?

Pergunto isso porque, como católico, e não-ecumênico (no sentido de não participar de nenhuma iniciativa ecumênica), tenho a impressão externa de que, apesar das muitas reuniões e congressos ecumênicos, pouco de concreto foi realizado. E para falar a verdade, nem sequer entendo o que de concreto esperam as iniciativas ecumênicas.

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