Recentemente, um visitante deste blog perguntou-me que centros eu recomendaria a pessoas interessadas no mestrado em Economia. A resposta é a mais freqüente entre os economistas, independentemente da pergunta: depende. Depende da área de pesquisa e de seus objetivos acadêmicos. Evidentemente, os cursos com melhores contatos para um possível PhD. no exterior são os principais centros: EPGE-FGV, PUC-Rio e, de perto, IPE-USP. É claro que há alunos de outros centros que foram ao exterior. E mais, não pense que é simples ir para o exterior... não querendo estudar MUITO, nem vale a pena pensar nisso. Por área de pesquisa, acredito que, tratando-se de ortodoxia, os três centros mencionados têm excelentes quadros. Posso falar pela USP, que não tem nomes pesquisando em Teoria Microeconômica pura, mas é certamente um dos melhores centros para se estudar Econometria e Economia Regional. Nesse último assunto, se destaca também o CEDEPLAR-UFMG. Para aqueles que querem cursos mais ecléticos, sugiro ...
Comentários
Apesar dessas características das economias escandinavas serem bastante conhecidas por nós (e pouco entendidas), já vi alguns trabalhos acerca da eficiência delas, como impostos bem distribuídos pela cadeia produtiva e pelas classes sociais, e excelente administração desses recursos públicos. Ou seja, pode ser que, no fingir dos ovos, essa "pedra no sapato" não seja tão grande assim.
Abraço.
Um professor que estuda desenvolvimento na A Latina fica irritado quando se compara Brasil com Chile sem fazer essa ressalva. De fato, o Chile cabe em São Paulo.
As decisões em países pequenos e homogêneos são tomadas por meio de referendos. Há naqueles cinco homogeneidade cultural, física, histórica, e de tudo o mais que se queira imaginar.
Como comparar essa realidade com a dos EUA? Ou com a da África do Sul?
Acho que a classificação precisa incluir pelo menos 4 categorias: micro-Nações (associação das pequenas ilhas); pequenos países - até uns 20 milhões, talvez; grandes países, como é o caso de Itália, Alemanha, Inglaterra, Brasil e EUA; e gigantes, como China e Índia.
A gestão do sistema educacional estadunidense, por exemplo, fornece desafios impensáveis para o sistema educacional finlandês. Inclusive, esta ressalva é constantemente feita por representantes governamentais desses países em palestras mundo afora.
Caso os custos de oportunidade envolvidos não sejam tão altos, pediria que desse uma opinião sobre o último post (http://www.vitorwilher.com/2008/10/29/399/)...
E se não for pedir muito, peço também que adicione minha humilde página no seu bloglist...
Abraços,
Vítor Wilher
Mas, só para provocar, já folheei um livro num sebo de Porto Alegre chamado "Suécia: a Sexual-Democracia", que critica a cultura e as instituições nórdicas. O autor, não me lembro o nome, é conservador de fazer economistas austríacos se arrepiarem, comparando o modelo político sueco com a Espanha de Franco e Portugal de Salazar, concluindo que esses últimos "defendem a civilização cristão ocidental", enquanto que os nórdicos "se perderam na libertinagem e no coletivismo". O livro é do final da década de 60. Só para se divertir!
Abraços
Petterson: sim, tamanho da população é importantíssimo. Mas é engraçado. Existem províncias e estados para isso. Sei que não é a mesma coisa, mas então tem algo muito errado em termos federativos, não? Apenas uma hipótese.
Ricardo: Sim, certamente capital social e humano contam! Quanto à "sexual-democracia", de fato os nórdicos surpreendem com suas idéias em relação à sexualidade e etc. Não é um julgamento, mas uma constatação de quem é brasileiro. É diferente e certamente causa horror a um conservador.