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Enfim, a liberdade

Esse post não tem nada a ver com libertários.

Eu e o Renato, meu orientador, assinamos os últimos papéis. Em breve, as cópias da minha dissertação ficariam prontas: cinco cópias apenas encadernadas, três cópias com capa dura. Uma delas, para a biblioteca, uma outra pra mim e a última de presente para o Renato. Após o almoço, estava tudo pronto. Paguei os R$ 491,50 - descobri depois que teria despendido muito menos se tivesse encomendado as cópias para as concorrentes. Pelo Facebook, meu amigo Will perguntou se a dissertação era folhada a ouro e a Emily perguntou se eu tinha impresso diamantes.

Agora só faltava revisar para ver se não havia nenhum erro crasso na impressão ou na encadernação. Revisei as seis cópias a serem entregues para a FEA e pareceu estar tudo em ordem, tirando erros de português que só então eu tinha percebido. Too late.

Tudo pronto, era 15h30. Quando me dei por satisfeito, uma chuva torrencial começou a cair. A documentação deveria ser entregue no prédio do FEA-5 e a secretaria só fechava às 17 horas. O acesso ao prédio passava por uns 30 metros de um caminho descoberto. De chinelos de dedo e com seis dissertações, pensei que esperar era melhor. Afinal, o prazo de depósito era ainda no dia seguinte. A chuva era de verão, acabaria rápido.

Quanto mais o tempo passava, mais piorava a ventania e a chuva. Os alagamentos em São Paulo têm sido comuns. Procurei por remos na FEA, mas nada. 16h30. Comecei a ficar ansioso. A Vivi perguntou se eu era de açúcar. Disse que não, mas que as dissertações eram. A chuva estava ainda pior. Peguei a mochila, enfiei as cópias e fui decidido sob o olhar incrédulo de alguns. Por sorte, eu tinha um pequeno guarda-chuva: como ter um conta-gotas para apagar um incêndio. Atravessei bravamente os 30 metros, praticamente nadando. Os alunos do primeiro ano olharam-me estupefatos quando cheguei na entrada do prédio, onde eles pacientemente esperavam para fazer o caminho contrário.

Subi as escadas e cheguei na secretaria. A mulher da secretaria ainda me disse para tirar o guarda-chuva molhado do sofá. Mas isso não impediu que eu me tornasse finalmente livre, ao começar o quarto ano do mestrado, quase virando retardatário de alunos da turma posterior a minha. Depositei. Agora, só falta a defesa em fim de março ou abril para eu me tornar Mestre Kang...

Comentários

Diego Maciel disse…
Parabéns quase mestre!

Depois posta ela aqui no blog para que seus seguidores apreciem!
Henrique disse…
putz, 4o ano de mestrado não é uma boa, apesar de inescapável, perspectiva...

O que é melhor nesses casos? Carrot ou stick?

Parabéns, mano!

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