Eustáquio Reis, do IPEA, foi o convidado desta quarta para o seminário do grupo de estudos em história econômica aqui da FEA-USP. Eustáquio tem pesquisado algumas novas fontes de dados que ele tem acesso no IPEA. Alguns dos dados, como ele mesmo admitiu, não são muito confiáveis.
Um de seus papers tentou estimar a distribuição de renda no Brasil em certos anos do século XIX. Tal estudo faz parte de um projeto maior de estimação da desigualdade no mundo conduzido pelo Prof. Bértola do Uruguai. No entanto, os resultados apresentaram índices de Gini muito baixos: similares aos atuais índices escandinavos, que são os países mais igualitários. O resultado gerou grande suspeita por parte dos presentes. Mas o autor concordou plenamente que a precariedade dos dados era significativa.
O outro de seus papers mostrou um resultado mais interessante mas igualmente surpreendente. Interessante pois se tratam de dados mais confiáveis dos votantes no Brasil circa 1870. O surpreendente foi a evidente superioridade das províncias nordestinas em proporção de votantes na população. Além disso, contrariando Engerman e Sokoloff (1997, 2002), o paper afirma que o Brasil tinha considerável proporção de votantes comparativamente a outros países. No entanto, o coronelismo pode explicar essa alta proporção: uma máquina eleitoral que explorava supostos votantes analfabetos. Embora mais confiáveis, seus resultados surpreendentes geraram alguma turbulência.
De qualquer forma, é bom saber que temos mais dados a serem averiguados. Talvez se continuarmos a analisá-los de forma cada vez mais criteriosa, possamos retirar informações importantes deles.
Um de seus papers tentou estimar a distribuição de renda no Brasil em certos anos do século XIX. Tal estudo faz parte de um projeto maior de estimação da desigualdade no mundo conduzido pelo Prof. Bértola do Uruguai. No entanto, os resultados apresentaram índices de Gini muito baixos: similares aos atuais índices escandinavos, que são os países mais igualitários. O resultado gerou grande suspeita por parte dos presentes. Mas o autor concordou plenamente que a precariedade dos dados era significativa.
O outro de seus papers mostrou um resultado mais interessante mas igualmente surpreendente. Interessante pois se tratam de dados mais confiáveis dos votantes no Brasil circa 1870. O surpreendente foi a evidente superioridade das províncias nordestinas em proporção de votantes na população. Além disso, contrariando Engerman e Sokoloff (1997, 2002), o paper afirma que o Brasil tinha considerável proporção de votantes comparativamente a outros países. No entanto, o coronelismo pode explicar essa alta proporção: uma máquina eleitoral que explorava supostos votantes analfabetos. Embora mais confiáveis, seus resultados surpreendentes geraram alguma turbulência.
De qualquer forma, é bom saber que temos mais dados a serem averiguados. Talvez se continuarmos a analisá-los de forma cada vez mais criteriosa, possamos retirar informações importantes deles.
Comentários
http://www.cedeplar.ufmg.br/docentes_demografia/simone_wajnman.php
Se tu quiser, posso te mandar por e-mail os artigos trabalhados em aula.
Abraço
(http://www.cedeplar.ufmg.br), ir em Demografia, Docentes, Simone Wajnman e acessar o currículo lattes dela.