Recentemente, um visitante deste blog perguntou-me que centros eu recomendaria a pessoas interessadas no mestrado em Economia. A resposta é a mais freqüente entre os economistas, independentemente da pergunta: depende.
Depende da área de pesquisa e de seus objetivos acadêmicos. Evidentemente, os cursos com melhores contatos para um possível PhD. no exterior são os principais centros: EPGE-FGV, PUC-Rio e, de perto, IPE-USP. É claro que há alunos de outros centros que foram ao exterior. E mais, não pense que é simples ir para o exterior... não querendo estudar MUITO, nem vale a pena pensar nisso.
Por área de pesquisa, acredito que, tratando-se de ortodoxia, os três centros mencionados têm excelentes quadros. Posso falar pela USP, que não tem nomes pesquisando em Teoria Microeconômica pura, mas é certamente um dos melhores centros para se estudar Econometria e Economia Regional. Nesse último assunto, se destaca também o CEDEPLAR-UFMG.
Para aqueles que querem cursos mais ecléticos, sugiro o IPE-USP, o CEDEPLAR e a UnB. Em todos, é possível ter uma excelente formação ortodoxa e heterodoxa. A USP tem um corpo de professores muito amplo, então há diversas linhas de pesquisa.
Para os heterodoxos, Unicamp e UFRJ ocupam posições de destaque. Para os que gostam de Economia Brasileira, recomendo Unicamp ou UFRGS: os professores Pedro Fonseca (Industrialização Intencional) e Sérgio Monteiro (novo-institucionalista) são ótimos, além de outros que entendem do assunto. Para uma Economia Brasileira ortodoxa, a PUC-Rio tem o Marcelo Abreu. Escravatura pode ser estudado na UFRGS, na USP ou na UnB (deve haver outros lugares). Mas se seu enfoque é Keynes ou Economia Industrial, UFRJ e Unicamp oferecem mais alternativas.
Posso dar dicas mais específicas, é só comentar aí. Lembrem-se também que há outros quesitos que devem ser considerados para a escolha, como o clima de estudos: se há competitividade ou não, etc.
Depende da área de pesquisa e de seus objetivos acadêmicos. Evidentemente, os cursos com melhores contatos para um possível PhD. no exterior são os principais centros: EPGE-FGV, PUC-Rio e, de perto, IPE-USP. É claro que há alunos de outros centros que foram ao exterior. E mais, não pense que é simples ir para o exterior... não querendo estudar MUITO, nem vale a pena pensar nisso.
Por área de pesquisa, acredito que, tratando-se de ortodoxia, os três centros mencionados têm excelentes quadros. Posso falar pela USP, que não tem nomes pesquisando em Teoria Microeconômica pura, mas é certamente um dos melhores centros para se estudar Econometria e Economia Regional. Nesse último assunto, se destaca também o CEDEPLAR-UFMG.
Para aqueles que querem cursos mais ecléticos, sugiro o IPE-USP, o CEDEPLAR e a UnB. Em todos, é possível ter uma excelente formação ortodoxa e heterodoxa. A USP tem um corpo de professores muito amplo, então há diversas linhas de pesquisa.
Para os heterodoxos, Unicamp e UFRJ ocupam posições de destaque. Para os que gostam de Economia Brasileira, recomendo Unicamp ou UFRGS: os professores Pedro Fonseca (Industrialização Intencional) e Sérgio Monteiro (novo-institucionalista) são ótimos, além de outros que entendem do assunto. Para uma Economia Brasileira ortodoxa, a PUC-Rio tem o Marcelo Abreu. Escravatura pode ser estudado na UFRGS, na USP ou na UnB (deve haver outros lugares). Mas se seu enfoque é Keynes ou Economia Industrial, UFRJ e Unicamp oferecem mais alternativas.
Posso dar dicas mais específicas, é só comentar aí. Lembrem-se também que há outros quesitos que devem ser considerados para a escolha, como o clima de estudos: se há competitividade ou não, etc.
Comentários
Para conseguir entrar nas escolas ecléticas de boa qualidade (UnB, USP, UFMG, FGV-SP, CAEN,...), que clasificação na ANPEC você acha necessaria?
Abrs
Alejandro: minhas notas ficaram entre 3 e 6,2 e passei com bolsa na UFMG, UFRGS e PUC-RS. Passei na UFRJ sem bolsa.
Thomas: que conselho você daria para alguém que gostaria de se dedicar academicamente ao estudo de economia mas que, ao mesmo tempo, tem total rejeição à ortodoxia neoclássica (ou ao menos aos excessos absurdos dela hoje em dia) e ainda mais à teses keynesianas e heterodoxas?
Acho que a minha pergunta é: qual centro de pós em economia me permitiria passar sem ter que gastar mais anos da minha vida estudando matemática e estatística (para as quais não levo jeito algum e nem vejo muito sentido) e ainda assim ter, ao término do mestrado, um certificado reconhecido nacionalmente?
Olha só, eu sempre quis fazer um mestrado eclético, mas mais puxado para a ortodoxia, e 5 meses depois de entrar no Cedeplar já me sinto exausto...
Para entrar na USP: entre os 60 primeiros.
Outras: 100 primeiros garante.
Quanto a fazer mestrado reconhecido sem aprender matemática: hoje em dia, muito complicado. Em nenhuma você vai escapar. Mas na USP você tem mais opções, se bem que de nada adiantam se você não querer agüentar micro, macro e econometria.
Abraços
Fica o contato, abraço!
renatorugene@yahoo.com.br
Gracias,
Vocês saberiam dizer quais tem o clima mais competitivo?
Obrigada!
Esse meu post tá meio desatualizado.
A EESP/FGV-SP hoje está com excelentes professores, competindo com as demais instituições que citei.
Quanto à competitividade, tudo vai depender da turma. Acredito (mas confirme com alguém que já estudou lá) que a EPGE/FGV-Rio é bastante competitiva. Eu posso dizer que a USP não estimulava muito a competição, pelo menos quando eu estive lá. Mas em todo lugar, alguém vai ser competitivo infelizmente.
Obrigado.
Espero que ainda veja meu comentário. Encontrei sei blog e gostei.
Estou me preparando para a Anpec. Vim da UNICAMP, que é full hetedoxa, e gostaria de cursar alguma instituição mais ortodoxa, mas ainda eclética. Penso em pesquisar macroeconomia na EESP-FGV-SP ou FEA-USP.
Bem, vi seu comentário sobre o ambiente de competitividade em algumas instituições. Fiquei curioso. Você está se referindo aos alunos buscarem ter as melhores notas e perfomances extra-curriculares, tal como a instituição estimular isso? O clima dessas instituições são pesados?
Como é o ambiente de sua universidade? Nem me passou em mente cursar alguma universidade do sul.
Obrigado.
Posso dizer com mais certeza que os programas da FEA-USP e da EESP são convencionais, mas permitem algum espaço para ecletismo, ainda que reduzido. Hoje eu creio que a USP está mais eclética que a EESP (há dez anos atrás eu não diria isso).
Quanto à UFRGS, acho que você terá uma boa formação, mas aqui temos uma certa dose de sectarismo entre os dois programas da UFRGS - um mais ortodoxo, outro heterodoxo.