Quer ler um artigo divertido da professora (ex-professor) Deirdre (ex-Donald) McCloskey? Veja aí um excerto. Agradeço a dica ao De Gustibus.
Leia-o aqui:
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Becker (Nobel 1992), a professor of economics and sociology at the University of Chicago, asks, for example, why people have children. Answer: because children are durable goods. They are expensive to produce and maintain, over a long period of time, like a house. They yield returns over a long future, like a car. They have a poor second-hand market, like a refrigerator. They act as a store of value against future disasters, like pawnable gold or your diamond ring. So (you will sense a logical leap here; David Hume noticed the same leap in Mandeville and Hobbes), the number of children that people have is a matter of cost and benefit, just like the purchase of a house or car or refrigerator or diamond. A prudent parent decides whether to invest in many children or few, extensively or intensively, early or late, just like investing in a durable good. vIf you think this is funny stuff you are not alone. But think again: there's no doubt that Prudence does affect at least part of the decision to have children, to emigrate, to attend church, to go to college, to commit a murder, not to speak of buying a house or a car or a loaf of bread. In his obsessive study of the Prudential part, the economist can make some quite interesting and sometimes counter-intuitive and occasionally even factually true points
Comentários
Me interessei em conhecer esses livros dela sobre as "virtudes burguesas".
No entanto, me parece que o sentido de prudência para ela é um pouco diferente do sentido que ela usualmente tem nessa tradição.
Prudência é aquele conhecimento prático que me permite, por exemplo, colocar a quantidade certa no meu prato na hora de comer.
É a virtude que articula os princípios que devem reger nossa conduta, imutáveis, com as particularidades de cada situação, totalmente mutáveis.
Assim, não é algo que possa ser objeto de exposição discursiva; não podemos aprender prudência lendo sobre ela, mas apenas vivendo (e tentanto aprender com nossas experiências) e pelo exemplo dos outros.
Para McCloskey a prudência parece ser uma virtude calculista e interesseira. Mas pelo contrário, o pai que decide ter filhos como se fossem meros "bens duráveis" age de forma completamente imprudente, pois os princípios nos quais se baseia (considerações monetárias ou nas quais se aplica o cálculo econômico; o benefício pessoal a ser extraído do "bem" em questão, etc) são inadequados, ou ao menos incompletos, para tomar essa decisão.
Em todo caso, obrigado pela recomendação do site. É refrescante ver abordagens diferentes em economia; ainda mais expostas com tamanho talento.
O Pérsio Arida também escreveu algo sobre o assunto em 1983. Também recomendo.
Beijo
Ana (coleguinha)