A preocupação quanto à questão populacional é grande, face o boom populacional que assistimos no último século. A aceleração desse crescimento era perceptível desde a Revolução Industrial e, nas últimas décadas, o problema tem se intensificado: saltamos dos 4 bilhões de pessoas para os 5 bilhões em apenas 13 anos.
Como disse no post anterior, Thomas Malthus foi o primeiro economista a falar de fome e população. No entanto, o conhecido matemático Condorcet foi o primeiro a falar do assunto, como cita o próprio Malthus em sua obra.
Embora concordassem no problema do crescimento populacional frente aos meios de subsistência, Condorcet, como bom iluminista, acreditava que o progresso da razão solucionaria o problema: a taxa de reprodução diminuiria voluntariamente, dado o avanço da educação. Malthus discordava e, por isso, pregou medidas compulsórias que provocassem o declínio do crescimento populacional.
Hoje em dia, há países que advogam proposições mais próximas a malthusiana. A China, por exemplo, não permite que famílias tenham mais que uma criança. Caso uma família transgrida a regra, ela acaba perdendo diversos direitos. O resultado é que, numa sociedade como a chinesa, as meninas que nascem são abandonadas, uma vez que as famílias têm uma preferência por um filho homem, já que ele tem que ser o único.
Diferentemente da China e de outros países e regiões, a expansão da educação em alguns outros locais, como o estado de Kerala na Índia, provocou queda maior na taxa de crescimento populacional do que a que ocorreu na China. Os dados aparecem no capítulo 9 do livro "Desenvolvimento como Liberdade" de Amartya Sen (aliás, todo post se baseia nesse capítulo, zero de criatividade).
Além das conseqüências não serem claramente melhores no caso chinês, proibir famílias de decidirem quantos filhos querem significa uma privação de direitos importantes. Considerando questões éticas e práticas, parece não haver muito fundamento na defesa de medidas tão fortemente coercitivas.
Como disse no post anterior, Thomas Malthus foi o primeiro economista a falar de fome e população. No entanto, o conhecido matemático Condorcet foi o primeiro a falar do assunto, como cita o próprio Malthus em sua obra.
Embora concordassem no problema do crescimento populacional frente aos meios de subsistência, Condorcet, como bom iluminista, acreditava que o progresso da razão solucionaria o problema: a taxa de reprodução diminuiria voluntariamente, dado o avanço da educação. Malthus discordava e, por isso, pregou medidas compulsórias que provocassem o declínio do crescimento populacional.
Hoje em dia, há países que advogam proposições mais próximas a malthusiana. A China, por exemplo, não permite que famílias tenham mais que uma criança. Caso uma família transgrida a regra, ela acaba perdendo diversos direitos. O resultado é que, numa sociedade como a chinesa, as meninas que nascem são abandonadas, uma vez que as famílias têm uma preferência por um filho homem, já que ele tem que ser o único.
Diferentemente da China e de outros países e regiões, a expansão da educação em alguns outros locais, como o estado de Kerala na Índia, provocou queda maior na taxa de crescimento populacional do que a que ocorreu na China. Os dados aparecem no capítulo 9 do livro "Desenvolvimento como Liberdade" de Amartya Sen (aliás, todo post se baseia nesse capítulo, zero de criatividade).
Além das conseqüências não serem claramente melhores no caso chinês, proibir famílias de decidirem quantos filhos querem significa uma privação de direitos importantes. Considerando questões éticas e práticas, parece não haver muito fundamento na defesa de medidas tão fortemente coercitivas.
Comentários
O crescimento populacional, segundo estatísticas da ONU tende a diminuir nos próximos anos... não sei se é verdade, afinal é a ONU...
Só sei que enquanto houver economia de mercado a produção de riqueza é ilimitada. E enquanto se acumular mais capital do que pessoas, o Malthus fez muito barulho por nada.
(as minhas simplificações servem apenas para efeito de retórica)
Abraço amigo Thomas!