Minhas aulas no mestrado da USP começam no dia 3 de janeiro, o que, convenhamos, é uma data excelente pra estar na praia, deitado numa rede e tomando água de coco. Mas estarei lá estudando matemática e estatística: a manhã inteira, todos os dias úteis.
Contei para alguns da ementa do curso de matemática. Basicamente, aprenderemos análise real, tanto que o livro básico indicado é homônimo e publicado pelo IMPA. A análise consiste (acho eu) em provar teoremas e coisas do tipo. Não se trata da aplicação. Ao falar sobre isso para o meu professor de economia matemática, o Dr. Jorge Araújo, ele afirmou que talvez esse curso não fosse necessário: o custo de oportunidade é alto, uma vez que aprender bem a aplicação (ex: otimização dinâmica, hamiltonianos, enfim, coisas que nem sei o que são) seria mais vantajoso. Prof. Giácomo e Prof. Ronald apareceram de repente e os três passaram a discutir, enquanto eu avidamente ouvia a opinião deles.
Prof. Giácomo disse que acredita ser positivo ter conhecimento em análise de qualquer forma. No entanto, o prof. Ronald corroborou a opinião do Prof. Jorge. O exemplo que ele deu foi de dois doutorandos em física de Stanford que uma vez ele encontrara com alguns amigos seus economistas. Quando os últimos relataram que estavam estudando análise, ao mesmo tempo em que elogiavam os físicos pelo seu conhecimento matemático, os físicos responderam que não estudavam análise.
É interessante observar como a economia matemática acabou ganhando status dentro da ciência econômica. Segundo o Jorge, a dificuldade de verificação empírica das teorias econômicas é responsável por essa divinização da economia matemática. Na física, o pessoal está mais preocupado com a aplicação prática, não sendo necessário cursos sofisticados de análise, por exemplo.
Contei para alguns da ementa do curso de matemática. Basicamente, aprenderemos análise real, tanto que o livro básico indicado é homônimo e publicado pelo IMPA. A análise consiste (acho eu) em provar teoremas e coisas do tipo. Não se trata da aplicação. Ao falar sobre isso para o meu professor de economia matemática, o Dr. Jorge Araújo, ele afirmou que talvez esse curso não fosse necessário: o custo de oportunidade é alto, uma vez que aprender bem a aplicação (ex: otimização dinâmica, hamiltonianos, enfim, coisas que nem sei o que são) seria mais vantajoso. Prof. Giácomo e Prof. Ronald apareceram de repente e os três passaram a discutir, enquanto eu avidamente ouvia a opinião deles.
Prof. Giácomo disse que acredita ser positivo ter conhecimento em análise de qualquer forma. No entanto, o prof. Ronald corroborou a opinião do Prof. Jorge. O exemplo que ele deu foi de dois doutorandos em física de Stanford que uma vez ele encontrara com alguns amigos seus economistas. Quando os últimos relataram que estavam estudando análise, ao mesmo tempo em que elogiavam os físicos pelo seu conhecimento matemático, os físicos responderam que não estudavam análise.
É interessante observar como a economia matemática acabou ganhando status dentro da ciência econômica. Segundo o Jorge, a dificuldade de verificação empírica das teorias econômicas é responsável por essa divinização da economia matemática. Na física, o pessoal está mais preocupado com a aplicação prática, não sendo necessário cursos sofisticados de análise, por exemplo.
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