Um de meus ex-alunos, o Pedro Lenhard, trabalha na Perestroiska - uma "escola de atividades criativas", segundo seu próprio site. Eles lançaram um curso muito interessante aqui em Porto Alegre chamado "Economia para mortais", cuja descrição aqui se encontra. Contando com professores como Patrícia Palermo e Marcelo Portugal, não tem como o curso não ser bom. Recomendo a todos os não-economistas que, no entanto, tem curiosidade acerca da "dismal science" e a crise econômica que recentemente tem assolado o mundo.
O treinamento dos economistas em métodos quantitativos aplicados é ainda pouco desenvolvido na maioria dos cursos de economia que existem por aí. É verdade que isto tem melhorado, até porque não é mais possível acompanhar a literatura internacional sem ter conhecimento razoável de técnicas econométricas. Talvez alguns leitores deste blog ouçam falar muito em endogeneidade ou variáveis endógenas, principalmente no que se refere a modelos econométricos. Se pensamos em modelos de crescimento endógeno, o "endógeno" significa que a variável que causa o crescimento é determinada dentro do contexto do modelo. Mas em econometria, embora não seja muito diferente do que eu disse na frase anterior, endogeneidade se refere a "qualquer situação onde uma variável expicativa é correlacionada com o erro" (Wooldridge, 2011, p. 54, tradução livre). Baseando-me em um único trecho do livro do Wooldridge (Econometric Analysis of Cross-Section and Panel Data, 2 ed, 2011, p. 54-55)
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