This depends to some extent on context and the complex way in which political identities form in different societies. In many cases, it is useful to think of the elite as being the relatively rich in society, as was the case in nineteenth-century Britain and Argentina. However, this is not always the case; for instance, in South Africa, the elites were the whites and, in many African countries, the elites are associated with a particular ethnic group. In other societies, such as Argentina during some periods, the elite is the military.
It may not be a coincidence that in many situations the elite and the rich coincide. In some cases, those who are initially rich may use their resources to attain power, perhaps by bribing the military or other politicians. In other circumstances, power may be attained by people who are not initially rich. Nevertheless, once attained, political power can be used to acquire income and wealth so that those with power naturally tend to become rich. In either case, there is a close association between the elite and the rich.
Acemoglu, D. and Robinson, J. (2006) Economic Origins of Dictatorship and Democracy. Cambridge: Cambridge University Press, p. 15-16.
Em minha dissertação, tenho falado bastante dos termos "política educacional elitista", "elites" e coisas do tipo para dizer que a educação primária não foi prioridade ao longo da história. Aí o orientador pediu pra eu definir "elite".
Vocês já devem estar enjoados do Acemoglu (e do Robinson, seu co-autor) neste blog, principalmente nos últimos dias. Mas é deles uma definição que achei, um tanto quanto vaga e imprecisa (como discutia com seu Guilherme Stein dos Rabiscos). Afinal, quem é a elite? Aí vai a resposta deles:
Alguém tem uma definição melhor? Claro, sempre tem o velho Marx falando em classe capitalista detentora dos meios de produção, mas essa categoria não serve para política educacional.
Desculpas por não traduzir o texto. Blogs devem facilitar para o leitor, mas, na academia, não tem jeito. É inglês mesmo. Assim, acho que estou sendo pedagógico.
Comentários
Na real, a minha concepção de elite é a de uma minoria organizada que tem poder sobre, alguns diriam domina, uma maioria desorganizada. E este poder está mais relacionado à força do que à bufunfa, embora seja comum as elites usarem a força para extrair bufunfa da galera, como bem disseram os queridinhos deste blog.
A galera que trata de elite na ciência política é o Mosca e o nosso bom e velho Pareto. Sei que seu tempo tá curto, mas talvez com eles venha alguma inspiração concretização da sua buscada definição.
Semestre passado vi um working paper do Bursztyn e mais uma galerinha de Harvard defendendo que educação não era provida para as massas porque isso simplesmente não era prioridade para elas. Eu sei que tá meio grotesco, mas era algo do tipo. Dê uma olhada.
Abraços
Pareto... hm, fonte?
Bom, pode até ser meio grotesco, mas é mais ou menos o que digo. Vou olhar o working paper dele.
E obrigado!
Pensando de outra forma, a elite tendo dinheiro (invertendo causalidade agora) ela tem acesso a muitas coisas, como estudo, saúde, melhor lugar no estádio, etc...E isso faria dela elite. Logo, elite me parece ser algo que acompanha (vem depois (d)) o dinheiro de certa forma.
Atualmente os direitos de elite se exercem por meio do dinheiro. Mas na época dos trogloditas, era pelo corpanzil do mais apto.
"The natural state reduces the problem of endemic violence through the formation of a dominant coalition whose members possess special privileges.
The logic of the natural state follows from how it solves the problem of violence. Elites – members of the dominant coalition – agree to respect each other’s privileges, including property rights and access to resources and
activities. By limiting access to these privileges to members of the dominant coalition, elites create credible incentives to cooperate rather than fight
among themselves. Because elites know that violence will reduce their own rents, they have incentives not to fight. Furthermore, each elite understands that other elites face similar incentives. In this way, the political system of a
natural state manipulates the economic system to produce rents that then secure political order.
The dominant coalition contains members who specialize in a range of military, political, religious, political, and economic activities."
North e outros - violence and social orders, 2009.
Se quiser posso te mandar o e-book por e-mail.
Abraço