Atendendo a pedidos, vamos explicar por aqui como funciona o mestrado em Economia aqui na USP, explicando as principais coisas para os que pretendem prestar ANPEC.
A USP, até pelo menos esse ano, tem oferecido duas modalidades de mestrado (mutuamente exclusivas quando você escolhe as opções na inscrição da ANPEC): Teoria Econômica e Economia das Instituições e do Desenvolvimento. Até o ano passado, essas duas modalidades eram bastante diferentes. Enquanto os cursos de Micro, Macro e Econometria da TE eram os cursos tradicionais (mainstream), o enfoque em EID oferecia Micro institucional, uma Econometria mais simples e uma Macro também um pouco diferente. Isso mudou radicalmente esse ano: Micro e Macro são as mesmas para as duas modalidades, e Econometria só muda o professor, pois a ementa é a mesma. Ou seja, os cursos básicos convergiram para o mainstream (para a felicidade de uns e indignação de outros).
Isso tudo deve-se ao fato de que muitos alunos que entravam em TE estavam fazendo dissertação na área institucional, ocorrendo o oposto em EID. Ou seja, parecia não haver sentido em separar esses cursos. Os boatos, e eu ressalto que são apenas boatos, são de que a USP vai unificar seu mestrado novamente. Hoje, a EID difere da TE apenas pelo fato de que há mais dois cursos obrigatórios: Economia Institucional e Teorias do Desenvolvimento Econômico, disciplinas que são também oferecidas para a TE como eletivas. Ou seja, EID está contido em TE.
Portanto, aqueles que vão tentar USP e estavam pensando na opção institucional, continue estudando economia brasileira, mas não deixe de estudar as outras matérias pedidas no exame. Lembre que para passar na USP - TE, é necessário que você entre os 50, talvez 60 primeiros. Para EID, como conta a prova dissertativa de Eco Brasileira, é mais difícil dizer. Mas não muda muito, uma vez que, neste ano, temos 11 alunos de TE (10 com bolsa) e 5 alunos de EID (4 com bolsa), embora o manual da ANPEC fale em 15 vagas para TE e 10 para EID. Poucos são os alunos que não recebem bolsa, e há uma chance de se conseguir bolsa depois de uns meses. Em suma, para entrar na USP com bolsa, uma média de 7,5 nas provas garante na minha opinião. Mas isso varia de acordo com a dificuldade das provas.
Para saber de professores, clique aqui. O André citado no título queria saber sobre quem trabalha com política e economia. Existem pessoas que fazem isso, mas é bom dar uma olhada se você acha especificamente o enfoque que quer. Para trabalhar com isso, você pode ser orientado tanto por uma marxista como a Leda Paulani como o Dudu, que trabalha com a moderna economia politica.
A USP, até pelo menos esse ano, tem oferecido duas modalidades de mestrado (mutuamente exclusivas quando você escolhe as opções na inscrição da ANPEC): Teoria Econômica e Economia das Instituições e do Desenvolvimento. Até o ano passado, essas duas modalidades eram bastante diferentes. Enquanto os cursos de Micro, Macro e Econometria da TE eram os cursos tradicionais (mainstream), o enfoque em EID oferecia Micro institucional, uma Econometria mais simples e uma Macro também um pouco diferente. Isso mudou radicalmente esse ano: Micro e Macro são as mesmas para as duas modalidades, e Econometria só muda o professor, pois a ementa é a mesma. Ou seja, os cursos básicos convergiram para o mainstream (para a felicidade de uns e indignação de outros).
Isso tudo deve-se ao fato de que muitos alunos que entravam em TE estavam fazendo dissertação na área institucional, ocorrendo o oposto em EID. Ou seja, parecia não haver sentido em separar esses cursos. Os boatos, e eu ressalto que são apenas boatos, são de que a USP vai unificar seu mestrado novamente. Hoje, a EID difere da TE apenas pelo fato de que há mais dois cursos obrigatórios: Economia Institucional e Teorias do Desenvolvimento Econômico, disciplinas que são também oferecidas para a TE como eletivas. Ou seja, EID está contido em TE.
Portanto, aqueles que vão tentar USP e estavam pensando na opção institucional, continue estudando economia brasileira, mas não deixe de estudar as outras matérias pedidas no exame. Lembre que para passar na USP - TE, é necessário que você entre os 50, talvez 60 primeiros. Para EID, como conta a prova dissertativa de Eco Brasileira, é mais difícil dizer. Mas não muda muito, uma vez que, neste ano, temos 11 alunos de TE (10 com bolsa) e 5 alunos de EID (4 com bolsa), embora o manual da ANPEC fale em 15 vagas para TE e 10 para EID. Poucos são os alunos que não recebem bolsa, e há uma chance de se conseguir bolsa depois de uns meses. Em suma, para entrar na USP com bolsa, uma média de 7,5 nas provas garante na minha opinião. Mas isso varia de acordo com a dificuldade das provas.
Para saber de professores, clique aqui. O André citado no título queria saber sobre quem trabalha com política e economia. Existem pessoas que fazem isso, mas é bom dar uma olhada se você acha especificamente o enfoque que quer. Para trabalhar com isso, você pode ser orientado tanto por uma marxista como a Leda Paulani como o Dudu, que trabalha com a moderna economia politica.
Comentários
O pessoal aqui do Cedeplar anda dizendo que a USP tá tentando se tornar um centro de excelência em economia ortodoxa para competir diretamente com a PUC-Rio e a FGV. É verdade?
Por outro lado, isso aumenta o sofrimento do pessoal em relação aos estudos, hehe. Pelo menos em Micro (Mas-Collel).
O que se diz aqui é que a USP poderá atingir conceito 7 na CAPES, mas isso são boatos. Orotodoxo ou não, acho que eles unificaram o mestrado pelos motivos que expus, mas não sei ao certo. É tudo boato.
É a primeira vez que leio, mas já gostei muito. Além de bem escrito, creio que ele será de grande valia aos anpecanos de 2008! Abraço e boa sorte por aí!