Se Naritomi et al. (2012) querem ver o efeito de diferentes atividades econômicas em todo o Brasil, por conta das diferentes estruturas institucionais criadas por tais atividades, má ideia não é verificar o que acontece dentro de estados brasileiros. O Rio Grande do Sul é um excelente caso. Em parte, quem tratou disso foram o Irineu e o Leo Monastério nesse paper aqui, já publicado online pela Regional Science and Urban Economics.
Resolvemos recentemente aqui na FEE e observar os dados de pobreza absoluta no RS. O Marcos Wink já publicou a respeito na Carta de Conjuntura da FEE em janeiro. Lá, na página 2, temos um bonito mapa mostrando onde estão os clusters de pobreza no estado: é o mapa aí em cima. Em algumas regiões, a incidência de pobreza é notória (quanto mais escuro, maior a incidência de pobreza). No norte do estado, por exemplo, temos vários pequenos municípios, destacando-se Redentora, com 23,45% de população em pobreza extrema. Por outro lado temos no sul do estado uma enorme área de municípios em que se destaca Canguçu, com 7,25% da população em pobreza extrema (mais de 3700 pobres!).
Mais estudos regionalizados podem ajudar-nos a decifrar o que houve nessas regiões. Há uma série de regiões no Brasil ainda não contempladas pela literatura. Será tudo sempre uma questão de "instituições, instituições, instituições", como insistem Acemoglu e Robinson?
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