A globalização, fenômeno tão falado (mal ou bem), torna-se bastante evidente no atual evento mais importante do esporte, a Copa do Mundo (tenho minhas dúvidas se a Copa do Mundo não é mais importante do que as Olimpíadas). Qual não foi a minha surpresa ao ver patrocínios de multinacionais conhecidas como Coca-Cola e Adidas nos estádios, mas como também de propagandas da Seara (que fabrica salsichas no Brasil) e da Quilmes (uma cerveja argentina). Além disso, sei que a Brahma, uma cerveja nacional, embora controlada pela multinacional AmBev, é uma das patrocinadoras.
O futebol é um palco para a globalização há muito tempo. Após o jogo entre Argentina e Nigéria hoje, vi um especial sobre a Copa de 1958 com alguns amigos. Nos estádios suecos já havia propagandas nas laterais de companhias como Philips e Telefunken (lembram?), enquanto Pelé dava aquele chapéu no zagueiro sueco em imagens preto e branco.
Estou mais sensível a esse tipo de coisa por estar estudando o tema. Além de estudar os efeitos da globalização ao longo da história através dos trabalhos de Jeff Williamson, Peter Lindert, Alan Taylor e Kevin O'Rourke, estou lendo papers específicos sobre globalização financeira de acadêmicos como Mishkin e Rodrik. Quem se interessa por esta parte financeira, procure o IMF Staff Papers, Vol. 56, No. 1 (2009): é um especial sobre globalização financeira. Não vou puxar o link porque nem todos têm acesso, mas se você tem acesso ao Periódicos Capes (agora novo e reformulado!), vai ser fácil achar.
Comentários
Quanto à globalização: que empurrão não deu a vela latina, hem? Sem ela, sabe-se lá como teriam evoluído as coisas: talvez o mar não fosse tão salgado pelas lágrimas de Portugal!
Um forte abraço!