Pular para o conteúdo principal

Esperando...

Em setembro de 2007, fui à Nova York para ver a Conferência da Human Development and Capability Association. Na palestra principal, Amartya Sen discorreu sobre as principais idéias de seu novo livro sobre justiça, que ele estava escrevendo. Uma palestra muito legal, com direito a comentários de George Soros, o especulador keynesiano.

Nesse meio tempo, escrevi um paper para uma matéria de Teorias de Justiça que fiz lá no Departamento de Ciência Política da USP. O paper discorre sobre as idéias de justiça e desenvolvimento no pensamento de Sen. Incentivado pelo Prof. Álvaro de Vita, arrumei o texto, enviei para a conferência latino-americana sobre capacitações em Montevideo ocorrida em outubro de 2008 e ainda enviei uma versão para uma revista. Cheguei a enviar para a o congresso da ANPEC, mas a banca marxista não viu qualidade e/ou validade no meu trabalho. A revista não me respondeu até hoje.

Pensei que era importante publicar isso antes do lançamento do livro do Sen. Finalmente, ao passear pela Amazon, vi que o livro "The Idea of Justice" já está em pré-vendas na Amazon.com. Para garantir o preço, estou comprando agora pra receber só em janeiro do ano que vem. Enquanto isso, espero sentado a resposta da revista e o livro do Sen...

Comentários

Anônimo disse…
Olá, Kang... Td bem?
Achei o seu blog mto interessante... Parabéns pela inteligência explícita em suas postagens!
Estou fazendo um trabalho sobre Economia Política, (para o meu curso, de Direito), e estou com uma certa dificuldade em concluí-lo...É sobre "A produtividade marginal e os salários dos executivos"... Se puder me ajudar em algo!...

Abraço, Juliana...

P.S.: Meu e-mail: jully_hanna@hotmail.com
Anônimo disse…
... "mas a banca marxista não viu qualidade e/ou validade no meu trabalho"...

Ótimo! Sinal de que o trabalho tem qualidade!

Abs,
Rodrigo

Postagens mais visitadas deste blog

Lutero e os camponeses

São raros os momentos que discorro sobre teologia neste blog. Mas eventualmente acontece, até porque preciso fazer jus ao subtítulo dele. É comum, na minha condição declarada de cristão luterano, que eu sempre seja questionado sobre as diferenças da teologia luterana em relação às outras confissões. Outra coisa sempre mencionada é o episódio histórico do massacre dos camponeses no século XVI, sancionado por escritos de Lutero. O segundo assunto merece alguma menção. Para quem não sabe (e eu nem devo esconder isso), Lutero escreveu que os camponeses, que na época estavam fazendo uma revolta bastante conturbada, deveriam ser impedidos de praticarem tais atos contrários à ordem - inclusive por meio de violência. Lutero não mediu palavras ao dizer isso, o que deu a justificativa para a violenta supressão da revolta que ocorreu subsequentemente. O objetivo deste post não é inocentar Lutero do sangue derramado sobre o qual ele, de fato, teve grande responsabilidade. Nem vou negar que Lutero

Endogeneidade

O treinamento dos economistas em métodos quantitativos aplicados é ainda pouco desenvolvido na maioria dos cursos de economia que existem por aí. É verdade que isto tem melhorado, até porque não é mais possível acompanhar a literatura internacional sem ter conhecimento razoável de técnicas econométricas. Talvez alguns leitores deste blog ouçam falar muito em endogeneidade ou variáveis endógenas, principalmente no que se refere a modelos econométricos. Se pensamos em modelos de crescimento endógeno, o "endógeno" significa que a variável que causa o crescimento é determinada dentro do contexto do modelo. Mas em econometria, embora não seja muito diferente do que eu disse na frase anterior, endogeneidade se refere a "qualquer situação onde uma variável expicativa é correlacionada com o erro" (Wooldridge, 2011, p. 54, tradução livre). Baseando-me em um único trecho do livro do Wooldridge (Econometric Analysis of Cross-Section and Panel Data, 2 ed, 2011, p. 54-55)

Exogeneidade em séries de tempo

Mais um texto de quem tem prova de econometria na segunda-feira. Quem não é economista não deve de forma alguma ler esse texto. Não digam que eu não avisei. Quando falamos de exogeneidade na econometria clássica, estamos falando da chamada exogeneidade "estrita", que nada mais consiste no fato de uma variável x não ser correlacionada com qualquer erro. Nas séries de tempo, no entanto, trabalha-se com três tipos de exogeneidade, dependendo do fim proposto. Na busca de resultados em inferência estatística (modos de estimar parâmetros e formulação de testes de hipótese), utiliza-se, em séries de tempo, o conceito de exogeneidade fraca. Para isso, precisamos 'fatorar a função de distribuição em duas partes: distribuição condicional e distribuição marginal . Define-se que uma variável é fracamente exógena em relação aos parâmetros de interesse se, e somente se, houver um certo tipo de reparametrização e atender duas condições: a variável de interesse precisa ser função de apen