Recentemente, ocorreu na FEA-USP um Simpósio de Pós-Graduação em História Econômica. Tive a oportunidade de participar com um artigo sobre educação e poder político no Brasil de 1930 a 1964. Como era um simpósio de pós-graduação, foi como um jogo na série B, mas minha primeira apresentação mais séria.
Uma lida nos resumos da maioria dos artigos do evento, no entanto, gerou um misto de preocupação e divertimento. Nos resumos já era evidente que muitos trabalhos ali deveriam ter qualidade muito aquém do esperado em cursos de pós-graduação sérios e bem conceituados que a maioria dos apresentadores representava. Não significa que meu trabalho fosse excelente, mas um nível de qualidade mínimo deveria ser exigido, e ali definitivamente não havia muitos trabalhos que satisfaziam esse requerimento. Muitos resumos eram inclusive hilários, tamanha era a falta de qualidade.
É preocupante que a pesquisa em história econômica no Brasil, além de voltada autisticamente para sua própria literatura, ignorando o que é publicado no exterior a respeito, esteja definhando sistematicamente em termos de qualidade. Talvez pela falta de interesse dos bons estudantes de Economia e História no assunto. Um bom sintoma disso é a pouca prioridade dada pela ANPEC em seu congresso para a área de história econômica: apenas seis trabalhos da área foram selecionados, em comparação com os 18 trabalhos da área de pensamento econômico, metodologia e economia política. E todos sabemos que pensamento econômico, à exceção de alguns poucos pesquisadores de excelência, é uma área muito mal estudada no Brasil.
Falando nisso, meu trabalho em justiça e desenvolvimento na concepção de Amartya Sen, embora não contribua com novidade alguma, foi selecionado para a conferência latino-americana sobre capacitações que ocorrerá no Uruguai em outubro. Infelizmente, a área de pensamento econômico na ANPEC não gostou muito. Dessa vez, não vai dar para ir para Salvador.
Uma lida nos resumos da maioria dos artigos do evento, no entanto, gerou um misto de preocupação e divertimento. Nos resumos já era evidente que muitos trabalhos ali deveriam ter qualidade muito aquém do esperado em cursos de pós-graduação sérios e bem conceituados que a maioria dos apresentadores representava. Não significa que meu trabalho fosse excelente, mas um nível de qualidade mínimo deveria ser exigido, e ali definitivamente não havia muitos trabalhos que satisfaziam esse requerimento. Muitos resumos eram inclusive hilários, tamanha era a falta de qualidade.
É preocupante que a pesquisa em história econômica no Brasil, além de voltada autisticamente para sua própria literatura, ignorando o que é publicado no exterior a respeito, esteja definhando sistematicamente em termos de qualidade. Talvez pela falta de interesse dos bons estudantes de Economia e História no assunto. Um bom sintoma disso é a pouca prioridade dada pela ANPEC em seu congresso para a área de história econômica: apenas seis trabalhos da área foram selecionados, em comparação com os 18 trabalhos da área de pensamento econômico, metodologia e economia política. E todos sabemos que pensamento econômico, à exceção de alguns poucos pesquisadores de excelência, é uma área muito mal estudada no Brasil.
Falando nisso, meu trabalho em justiça e desenvolvimento na concepção de Amartya Sen, embora não contribua com novidade alguma, foi selecionado para a conferência latino-americana sobre capacitações que ocorrerá no Uruguai em outubro. Infelizmente, a área de pensamento econômico na ANPEC não gostou muito. Dessa vez, não vai dar para ir para Salvador.
Comentários
Pelo menos, vou apresentá-lo em um seminário interno do Cedeplar, na semana que vem.
Abraço, e parabéns pelo artigo aprovado no congresso internacional!
...com seus leitores!
Você deveria nos dar alguns exemplos, para que pudéssemos sentir o gostinho. Assim, sem nada, ficamos apenas na vontade.
Por curiosidade, até dois anos atrás, aqui na FEA/UFJF, havia um curso de especialização em história econômica. Este, porém, fechou por falta de demanda...
abs
Abraço, Joao Melo