Jesus Cristo, o ser humano, isto significa que Deus entra na realidade criada, que podemos e devemos ser seres humanos perante Deus. A destruição da humanidade é pecado e se constitui em obstáculo para Deus redimir o ser humano. Mesmo assim, a humanidade de Jesus Cristo não significa simplesmente a confirmação do mundo existente e da natureza humana. Jesus foi ser humano "sem pecado" (Hb 4.15). Este é o aspecto decisivo. (Bonhoeffer, 2005 [1949], p. 77)
Em Jesus Cristo cremos o Deus feito ser humano, crucificado e ressucitado. Na encarnação reconhecemos o amor de Deus a sua criatura, na crucificação o juízo de Deus sobre toda carne, na ressurreição o propósito de um novo mundo por parte de Deus. Nada seria mais errado do que desarticular essas três peças. Tão inadequado como é elaborar uma teologia da encarnação, uma da cruz ou uma da ressurreição para contrapô-las entre si pela errônea absolutização de uma das peças, tão errado é este procedimento também para a reflexão sobre a vida cristã. Uma ética cristã calcada somente sobre a encarnação facilmente levaria à solução de compromisso; uma outra calcada somente na cruz ou na ressurreição de Jesus seria presa fácil do radicalismo e do entusiasmo. Só na unidade o conflito se desfaz. (Bonhoeffer, 2005 [1949], p. 76)
Bonhoeffer, D. (2005 [1949]). Ética. 7. ed. São Leopoldo: Ed. Sinodal.
Comentários
Todos sabem que o natal foi feito para encher a pança!
Abs,
Genta
Sabemos que tu pensa assim. É visível.
Abs,
Kang