Debate-se muito acerca do pressuposto de racionalidade que a economia neoclássica adota. O conceito de racionalidade econômica é bastante restrito e sofre críticas das mais diversas. As duas mais elaboradas são certamente as propostas por Herbert Simon e por Amartya Sen. De maneira alguma se desconsidera aqui os importantes resultados atingidos com os modelos baseados em escolha racional. De fato, a maioria dos modelos é muito útil. Contudo, certas situações necessitam outras abordagens.
Para deixar claro o que está se criticando, Sen trata das duas definições de racionalidade encontradas na economia. A primeira delas é a racionalidade como consistência. Por consistência, estamos falando da coerência interna das decisões tomadas pelos agentes. Um exemplo de consistência seria o pressuposto da transitividade, na qual dado que o agente prefere A a B e prefere B a C, logo ele tem que, por transitividade, preferir A a C. No entanto, essa idéia não faz nenhuma consideração aos objetivos: é possível ter escolhas perfeitamente consistentes indo em direção contrária aos objetivos. Se lembrarmos dos livros-textos de microeconomia, temos as hipóteses de preferências completas, transitivas e reflexivas.
A segunda definição é a da racionalidade como maximização de auto-interesse. Esse pressuposto não é testável. A mera possibilidade de que considerações éticas possam afetar o comportamento real dos agentes faz com que o assunto mereça atenção. Não se pode simplesmente tomar como dado que racionalidade é igual à maximização de auto-interesse: não há evidências empíricas em favor disso. Se o comportamento real pode ser condicionado por considerações éticas, a teoria econômica deveria considerá-la, mesmo pensando em termos pragmáticos. Pode-se estar perdendo parte das causas de determinados fenômenos.
Simon ainda fala na racionalidade de objetivo, ou a racionalidade substantiva, como definida por Simon. Para essa abordagem, a racionalidade garante que, dado um objetivo, o agente consegue calcular como atingir esse objetivo. Problemas cognitivos, no entanto, impedem os agentes de atingir eficientemente esses objetivos. É devido a isso que Simon defende a racionalidade procedimental ou aquilo que chamamos de racionalidade limitada. A Nova Economia Institucional, representada pelas correntes de North e Williamson, usa esse pressuposto, que é um enfraquecimento da racionalidade substantiva neoclássica.
Como dito por North, a abordagem neoclássica é muito útil para alguns modelos. Sen afirma de certa forma o mesmo. Para ambos, no entanto, necessitamos da flexibilização desses pressupostos para explicar alguns problemas econômicos como países de instituições ineficientes ou o ethos japonês e sua relação com o crescimento japonês, por exemplo. Talvez seja verdade.
Para deixar claro o que está se criticando, Sen trata das duas definições de racionalidade encontradas na economia. A primeira delas é a racionalidade como consistência. Por consistência, estamos falando da coerência interna das decisões tomadas pelos agentes. Um exemplo de consistência seria o pressuposto da transitividade, na qual dado que o agente prefere A a B e prefere B a C, logo ele tem que, por transitividade, preferir A a C. No entanto, essa idéia não faz nenhuma consideração aos objetivos: é possível ter escolhas perfeitamente consistentes indo em direção contrária aos objetivos. Se lembrarmos dos livros-textos de microeconomia, temos as hipóteses de preferências completas, transitivas e reflexivas.
A segunda definição é a da racionalidade como maximização de auto-interesse. Esse pressuposto não é testável. A mera possibilidade de que considerações éticas possam afetar o comportamento real dos agentes faz com que o assunto mereça atenção. Não se pode simplesmente tomar como dado que racionalidade é igual à maximização de auto-interesse: não há evidências empíricas em favor disso. Se o comportamento real pode ser condicionado por considerações éticas, a teoria econômica deveria considerá-la, mesmo pensando em termos pragmáticos. Pode-se estar perdendo parte das causas de determinados fenômenos.
Simon ainda fala na racionalidade de objetivo, ou a racionalidade substantiva, como definida por Simon. Para essa abordagem, a racionalidade garante que, dado um objetivo, o agente consegue calcular como atingir esse objetivo. Problemas cognitivos, no entanto, impedem os agentes de atingir eficientemente esses objetivos. É devido a isso que Simon defende a racionalidade procedimental ou aquilo que chamamos de racionalidade limitada. A Nova Economia Institucional, representada pelas correntes de North e Williamson, usa esse pressuposto, que é um enfraquecimento da racionalidade substantiva neoclássica.
Como dito por North, a abordagem neoclássica é muito útil para alguns modelos. Sen afirma de certa forma o mesmo. Para ambos, no entanto, necessitamos da flexibilização desses pressupostos para explicar alguns problemas econômicos como países de instituições ineficientes ou o ethos japonês e sua relação com o crescimento japonês, por exemplo. Talvez seja verdade.
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