O post anterior sobre a morte de Kim Jong-Il gerou intensa controvérsia. O principal motivo foi a minha alegação de que, embora qualquer pessoa possa não gostar e inclusive protestar contra o regime norte-coreano, sentimentos de "nojo" contra o regime deveriam ser monopólio das que se sentem de fato atingidas pelo regime. Essa afirmação foi de fato um exagero. Acredito que podemos nos sentir revoltados moralmente por três motivos ao menos: (a) porque nos sentimos diretamente envolvidos com o problema, (b) porque nos sentimos indiretamente envolvidos com o problema (simpatia ou empatia), (c) porque uma situação é patentemente injusta , não interessando nosso grau de envolvimento com o caso. Essas alternativas não são necessariamente mutuamente excludentes. Evidentemente, não estou me lembrando de fontes acadêmicas confiáveis sobre o problema e, portanto, os leitores podem comentar. Um dos comentadores do post anterior deu o exemplo da pedofilia como um caso em que,
Oikomania: Reflexões em História Econômica, Desenvolvimento e Filosofia Política