Meu amigo Guilherme Stein do Rabiscos utilizou-se da velha função de produção neoclássica para justificar a remuneração dos fatores e, assim, explicar a distribuição de renda. Portanto, a ciência econômica não precisaria se preocupar com a distribuição. Tenho algumas considerações a fazer em relação a isso:
1) A minha ignorância não permite que eu saiba se essa tese é verificável (positivistas lógicos) ou falseável (Popper)... acho que ainda não é tão simples medir produtividade marginal, mas...
2) Aceitemos que os fatores recebem segundo sua contribuição marginal. Isso explica apenas uma parte do problema. A questão é: por que tantos agentes econômicos ao redor do mundo não contribuem mais? Alguns dirão que é devido à preguiça. Não obstante os preguiçosos existirem no mundo, essa não é uma explicação razoável para a pérfida distribuição de renda que temos hoje. Inclusive, em países pobres, seriam todos preguiçosos? Desconsiderando a preguiça, poderíamos dizer que a pouca acumulcação de capital humano pode ser responsável por isso. Mas por que afinal as pessoas não se educam? Por que não querem?
3) Apenas liberdades formais não são suficientes, as pessoas precisam de liberdades substantivas, ou seja, precisam ter oportunidades para que possam escolher. O buraco é mais embaixo. Sem oportunidades, não há como melhorar a condição delas. Como se resolve isso?
Talvez os liberais digam que é só liberar que tudo florescerá. A questão é que muitas pessoas ainda estão longe do acesso aos mercados. Antes do mercado, há as instituições. Para mim, parece que a explicação da contribuição marginal dos fatores é apenas parte do problema resolvido. No seu caráter estático, ela não toca no principal.
1) A minha ignorância não permite que eu saiba se essa tese é verificável (positivistas lógicos) ou falseável (Popper)... acho que ainda não é tão simples medir produtividade marginal, mas...
2) Aceitemos que os fatores recebem segundo sua contribuição marginal. Isso explica apenas uma parte do problema. A questão é: por que tantos agentes econômicos ao redor do mundo não contribuem mais? Alguns dirão que é devido à preguiça. Não obstante os preguiçosos existirem no mundo, essa não é uma explicação razoável para a pérfida distribuição de renda que temos hoje. Inclusive, em países pobres, seriam todos preguiçosos? Desconsiderando a preguiça, poderíamos dizer que a pouca acumulcação de capital humano pode ser responsável por isso. Mas por que afinal as pessoas não se educam? Por que não querem?
3) Apenas liberdades formais não são suficientes, as pessoas precisam de liberdades substantivas, ou seja, precisam ter oportunidades para que possam escolher. O buraco é mais embaixo. Sem oportunidades, não há como melhorar a condição delas. Como se resolve isso?
Talvez os liberais digam que é só liberar que tudo florescerá. A questão é que muitas pessoas ainda estão longe do acesso aos mercados. Antes do mercado, há as instituições. Para mim, parece que a explicação da contribuição marginal dos fatores é apenas parte do problema resolvido. No seu caráter estático, ela não toca no principal.
Comentários
Digo apenas que, no mercado livre, é isso que vai acontecer. Acho que isso pode ser comprovado empiricamente (embora não conheça nenhum estudo). Acredito que ele possa ser pois vemos que as profissões mais bem remuneradas são as que produzem algo por qual os consumidores estão dispostos a pagar um preço alto. Isso só acontece pois para eles o produto do trabalho é muito útil.