Para evitar o que muitas vezes se diz sobre vantagens comparativas, resolvi escrever esse post. Há alguns equívocos, na minha opinião, no que ouvimos por aí a respeito dos modelos de comércio internacional baseados em vantagens comparativas. Os modelos baseados em vantagens comparativas canônicos (Ricardo e Heckscher-Ohlin) não são necessariamente teorias normativas . Elas só mostram (tentam explicar logicamente ) os ganhos estáticos da abertura ao comércio internacional entre dois países. E é óbvio que, em termos estáticos, em que não há variações de produtividade, há ganhos gerais de comércio para ambos os países envolvidos (lembrando que os modelos pressupõem dois países). A defesa do comércio livre apenas sob o argumento das vantagens comparativas não é suficiente, porque é necessário levar em conta os efeitos dinâmicos. Se há setores que não tem tantos ganhos de produtividade por algum motivo, a especialização na produção do bem em que o país tem vantagens comparativas
Oikomania: Reflexões em História Econômica, Desenvolvimento e Filosofia Política