Pular para o conteúdo principal

História econômica do século XX

Muitas vezes, pessoas interessadas em história econômica mas que não pesquisam na área tem interesse em aprimorar seus conhecimentos. No entanto, muitas vezes papers e livros da área são carregados de dados e descrições - o que é correto, uma vez que evidências são necessárias. Aliás, em meu processo de redação de minha dissertação, o primeiro rascunho sempre carecia de dados segundo o meu orientador.

Estou lendo agora o livro "Global Capitalism" de Jeffry A. Frieden (que tem tradução pro português, mas obviamente comprar a versão em inglês paperback é sempre mais barato). Esse é um livro que eu recomendo também para aqueles que querem ler história econômica sem se estressar muito com descrições exaustivas. Até agora tem sido uma leitura relativamente leve, resumindo a literatura existente - com as referências sempre em notas de fim. O livro é uma história econômica do século XX que merece ser lido por quem é e por quem não é da área.

Comentários

Anônimo disse…
Oi... Eu acompanho seus posts e sou estudante de Ciência Política... Adoro Economia e gostaria muito - muito mesmo - de fazer uma pós nessa área... Eu estou acompanhando as provas da ANPEC e, pra mim, até que tá num nível intermediário de dificuldade, mas o que mata é a prova de estatística... Acho q vou ter mesmo q fazer um semestre com o pessoal do curso...
Se você puder, de vez em quando, sugeri alguns livros que se enquadrem no conteúdo das provas!

Vlw e Parabéns!
Thomas H. Kang disse…
Prezado(a) Anônima(o),
Obrigado por acompanhar.
Os livros que realmente se enquadram no conteúdo das provas são os indicados na bibliografia básica que o próprio concurso fornece. Obviamente, uns são mais importantes do que outros. Faz alguns anos que fiz as provas da ANPEC, mas acredito que ainda possa dar dicas. Fique à vontade para questionar.

De nada e até mais,
Thomas

Postagens mais visitadas deste blog

Lutero e os camponeses

São raros os momentos que discorro sobre teologia neste blog. Mas eventualmente acontece, até porque preciso fazer jus ao subtítulo dele. É comum, na minha condição declarada de cristão luterano, que eu sempre seja questionado sobre as diferenças da teologia luterana em relação às outras confissões. Outra coisa sempre mencionada é o episódio histórico do massacre dos camponeses no século XVI, sancionado por escritos de Lutero. O segundo assunto merece alguma menção. Para quem não sabe (e eu nem devo esconder isso), Lutero escreveu que os camponeses, que na época estavam fazendo uma revolta bastante conturbada, deveriam ser impedidos de praticarem tais atos contrários à ordem - inclusive por meio de violência. Lutero não mediu palavras ao dizer isso, o que deu a justificativa para a violenta supressão da revolta que ocorreu subsequentemente. O objetivo deste post não é inocentar Lutero do sangue derramado sobre o qual ele, de fato, teve grande responsabilidade. Nem vou negar que Lutero

Endogeneidade

O treinamento dos economistas em métodos quantitativos aplicados é ainda pouco desenvolvido na maioria dos cursos de economia que existem por aí. É verdade que isto tem melhorado, até porque não é mais possível acompanhar a literatura internacional sem ter conhecimento razoável de técnicas econométricas. Talvez alguns leitores deste blog ouçam falar muito em endogeneidade ou variáveis endógenas, principalmente no que se refere a modelos econométricos. Se pensamos em modelos de crescimento endógeno, o "endógeno" significa que a variável que causa o crescimento é determinada dentro do contexto do modelo. Mas em econometria, embora não seja muito diferente do que eu disse na frase anterior, endogeneidade se refere a "qualquer situação onde uma variável expicativa é correlacionada com o erro" (Wooldridge, 2011, p. 54, tradução livre). Baseando-me em um único trecho do livro do Wooldridge (Econometric Analysis of Cross-Section and Panel Data, 2 ed, 2011, p. 54-55)

Exogeneidade em séries de tempo

Mais um texto de quem tem prova de econometria na segunda-feira. Quem não é economista não deve de forma alguma ler esse texto. Não digam que eu não avisei. Quando falamos de exogeneidade na econometria clássica, estamos falando da chamada exogeneidade "estrita", que nada mais consiste no fato de uma variável x não ser correlacionada com qualquer erro. Nas séries de tempo, no entanto, trabalha-se com três tipos de exogeneidade, dependendo do fim proposto. Na busca de resultados em inferência estatística (modos de estimar parâmetros e formulação de testes de hipótese), utiliza-se, em séries de tempo, o conceito de exogeneidade fraca. Para isso, precisamos 'fatorar a função de distribuição em duas partes: distribuição condicional e distribuição marginal . Define-se que uma variável é fracamente exógena em relação aos parâmetros de interesse se, e somente se, houver um certo tipo de reparametrização e atender duas condições: a variável de interesse precisa ser função de apen