Acabo de voltar de Montevideo, capital do Uruguai, onde ocorreu a II Conferência sobre Desenvolvimento Humano e a Abordagem das Capacitações. Cheguei na segunda e dei muitos passeios pelas ruas da Ciudad Vieja de Montevideo. Mas na quarta, começou a coisa séria: iniciou-se a conferência.
Houve excelentes palestras sobre a temática da desigualdade e do desenvolvimento humano. O evento contou com a presença de pessoas de renome nesse assunto. A filósofa Adela Cortina de Valencia e meu ex-professor Flávio Comim lançaram algumas questões polêmicas para o público sobre a abordagem de Amartya Sen. Sabina Alkire (Oxford) também foi muito bem, atualizando-nos na fronteira das tentativas de mensuração de pobreza multidimensional. Um bom expositor também foi Francisco Ferreira, brasileiro no Banco Mundial e ex-professor da PUC-Rio, que mostrou um trabalho empírico sobre mensuração da desigualdade de oportunidades baseado em um belo modelo de John Roemer. (Os filósofos sempre se surpreendem com a paixão dos economistas pela estética do modelo).
Além disso, na quarta-feira foi o dia da apresentação de meu paper. Acredito que meu paper destoava um pouco dos outros da mesa por seu caráter não-inovador (é apenas um resumão tentando juntar explicar conjuntamente as questões filosóficas e econômicas na abordagem de Sen) e por ser em português. Além disso, a maioria da mesa e do público tinha formação filosófica. Comim e Cortina estavam lá presentes, o que aumentava a minha responsabilidade. Apesar da barreira linguística, creio que a apresentação foi clara o suficiente. Pelo menos foi a impressão que tive dos alunos uruguaios presentes, que balançaram a cabeça em sinal de aprovação quando perguntei se estava sendo entendido. Para mim, não houve perguntas (graças a Deus). Os outros trabalhos, uma vez que tinham algo de novo, incitaram mais perguntas.
De resto, foi uma boa viagem em que encontrei uma amiga uruguaia metodista e fui recebido de forma muito acolhedora por sua família e amigos. Também conheci algumas pessoas muito legais na própria conferência, além de conhecer a cultura uruguaia, em muitos aspectos, semelhantes com a gaúcha. Aliás, os uruguaios sim bebem muito mais mate do que gaúchos ou argentinos. Em qualquer esquina, sempre há um com a térmica e a cuia. O mais curioso é que não se planta erva-mate no Uruguai: eles basicamente importam a erva do Rio Grande do Sul. Qual não foi minha surpresa ao ver que a erva que eles consideram uma das melhores vem de Encantado-RS.
Houve excelentes palestras sobre a temática da desigualdade e do desenvolvimento humano. O evento contou com a presença de pessoas de renome nesse assunto. A filósofa Adela Cortina de Valencia e meu ex-professor Flávio Comim lançaram algumas questões polêmicas para o público sobre a abordagem de Amartya Sen. Sabina Alkire (Oxford) também foi muito bem, atualizando-nos na fronteira das tentativas de mensuração de pobreza multidimensional. Um bom expositor também foi Francisco Ferreira, brasileiro no Banco Mundial e ex-professor da PUC-Rio, que mostrou um trabalho empírico sobre mensuração da desigualdade de oportunidades baseado em um belo modelo de John Roemer. (Os filósofos sempre se surpreendem com a paixão dos economistas pela estética do modelo).
Além disso, na quarta-feira foi o dia da apresentação de meu paper. Acredito que meu paper destoava um pouco dos outros da mesa por seu caráter não-inovador (é apenas um resumão tentando juntar explicar conjuntamente as questões filosóficas e econômicas na abordagem de Sen) e por ser em português. Além disso, a maioria da mesa e do público tinha formação filosófica. Comim e Cortina estavam lá presentes, o que aumentava a minha responsabilidade. Apesar da barreira linguística, creio que a apresentação foi clara o suficiente. Pelo menos foi a impressão que tive dos alunos uruguaios presentes, que balançaram a cabeça em sinal de aprovação quando perguntei se estava sendo entendido. Para mim, não houve perguntas (graças a Deus). Os outros trabalhos, uma vez que tinham algo de novo, incitaram mais perguntas.
De resto, foi uma boa viagem em que encontrei uma amiga uruguaia metodista e fui recebido de forma muito acolhedora por sua família e amigos. Também conheci algumas pessoas muito legais na própria conferência, além de conhecer a cultura uruguaia, em muitos aspectos, semelhantes com a gaúcha. Aliás, os uruguaios sim bebem muito mais mate do que gaúchos ou argentinos. Em qualquer esquina, sempre há um com a térmica e a cuia. O mais curioso é que não se planta erva-mate no Uruguai: eles basicamente importam a erva do Rio Grande do Sul. Qual não foi minha surpresa ao ver que a erva que eles consideram uma das melhores vem de Encantado-RS.
Comentários
O Comim apareceu no Cedeplar na semana passada, para conhecer a biblioteca nova.
Abraço