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Mostrando postagens de janeiro, 2013

E as distorções do Qualis continuam

Recebi um parecer de uma revista estrangeira da área de Economia, qualificada como B1 pelo Qualis da CAPES . Na sua área específica, ela é considerada uma revista top : no caso, a Journal of Economic History . No entanto, sua nota no Qualis é similar às revistas brasileiras de maior nota. Meu ponto é que as distorções do Qualis da CAPES ainda persistem e talvez tenham sido até acentuadas. De maneira alguma questiono a qualidade das revistas brasileiras. Acho que as revistas brasileiras hoje qualificadas como B1 são boas revistas, a saber: Revista Brasileira de Economia , Estudos Econômicos , Revista de Economia Política e Revista da ANPEC . Eu mesmo tenho artigos publicados em duas dessas revistas. No entanto, ao receber os pareceres da revista estrangeira que mencionei no parágrafo anterior, percebi o tamanho do abismo que ainda separa as publicações brasileiras das revistas estrangeiras top . Isso não é demérito das revistas brasileiras, é apenas uma questão de concorrência:

Milanovic e a Desigualdade Global

Milanovic produziu um livro interessante sobre desigualdade ao redor do mundo. Em The Haves and the Have-Nots , o economista do Banco Mundial passa por vários tópicos relacionados à desigualdade de maneira amigável e interessante em uma série de pequenos textos. Alguns dos primeiros textos não são tão interessantes, mas ele logo entra em temas como igualdade nos países socialistas, desigualdade e estabilidade política no Leste Europeu e na China, as ideias de Pareto e Kuznets sobre distribuição, a desigualdade na época de Marx, desigualdade em nível internacional e crises financeiras. Embora estudiosos como o Bhagwati , seguindo implicitamente uma abordagem contratualista, ridicularizem a abordagem de Milanovic, estou cada vez mais convencido de que os estudos de Milanovic são úteis.

Teoria e Índices de Desenvolvimento

Comecei a ler agora alguma bibliografia sobre indicadores de desenvolvimento, em particular esses indicadores compostos, tais como o IFDM da FIRJAN e o I SDM da FGV-SP . Ambos os índices, que tentam medir o desenvolvimento em nível municipal, tem problemas. A FEE também tem seu IDESE , que tampouco é isento de críticas. Mesmo o IDH, o mais famoso de todos, não passa incólume. Para tudo isso, recebi a indicação desse livro, o Handbook on Construction Composite Indicators . O material não é tão novo, mas muito útil para aqueles que têm buscado entender indicadores compostos de todo o tipo, inclusive os de desenvolvimento. Agradeço ao Manoel pela indicação. As sentenças-chave do livro talvez sejam essas duas: "What is badly defined is likely to be badly measured" (p. 22) "The process should be ideally based on what is desirable to measure and not on which indicators are available" (p. 22) Esse é o problema da construção de indicadores: como é possíve

Divulgação de concurso

Divulgo e-mail enviado a mim sobre concurso no Departamento de Economia da UFJF: Caros, bom dia a todos. Temos aberta uma vaga aqui no Departamento de Economia da UFJF nas áreas de "Economia Brasileira e História do Pensamento Econômico" (ver edital anexo, concurso n. 118). As inscrições vão até o dia 29/1/2013 (até 25/1 via Sedex). Para maiores informações e para acompanhar o andamento do concurso vejam  www.concurso.ufjf.br  e o edital anexo. Gostaria de pedir o auxílio de vocês na divulgação do concurso, particularmente ao Renato e ao Prof. Kang que têm canais na "blogosfera". Gostaríamos muito de contar com bons candidatos aqui para o concurso. Obrigado! Abraços, Gustavo Barros