Algumas palavras bastante atrasadas sobre o trio que ganhou o Prêmio em Economia em memória a Alfred Nobel no ano de 2010.
Diamond, Mortensen e Pissarides ganharam o prêmio por suas pesquisas em "job searching" no mercado de trabalho. Sob informação perfeita e completa e sem intervenções, a oferta de trabalho (a única coisa que nós trabalhadores ofertamos, já que não temos empresas) e a demanda de trabalho (empresas demandam mão-de-obra), haveria equilíbrio de oferta e demanda. Mas os custos informacionais impõem problemas que geram esse desequilíbrio: a existência simultânea de muitos postos de trabalho abertos e desemprego é algo que a teoria clássica não conseguia explicar.
Um dos resultados das pesquisas desses sujeitos é de que "an unregulated search market does not give rise to an efficient outcome", como diz a informação "popular" dada pelo site oficial do prêmio. Aliás, esse documento dá dicas de leituras para iniciantes no tema. Novamente, falhas informacionais impedem que resultados eficientes sejam alcançados, como já foi chamado atenção por pesquisadores como Joe Stiglitz, George Akerlof, George Stigler, etc (que já ganharam Nobel também). Portanto, intervenções do governo nesses mercados podem ser justificadas - é claro, há intervenções e intervenções, mas estamos dizendo que é possível uma intervenção que gere um resultado mais eficiente, como ocorrem em casos de externalidades e bens públicos.
Nem sempre a rejeição empírica de teorias clássicas leva necessariamente à aceitação de uma teoria pós-keynesiana de desemprego, como alguns são levados a crer durante a graduação (nem vice-versa). Antes de decidir por uma teoria, é importante observar as outras existentes. Na minha vida as respostas econômicas têm sido mais em tons de cinza do que preto ou branco.
O site do Prêmio também oferece um documento chamado "Scientific Background" que resume as teorias, além de formalizá-las. Um aparato mais teórico que o visitante neófito do blog talvez evite. Conheço pouco o assunto, embora tenha estudado modelos de "searching" no mestrado. Talvez seja uma boa hora para me atualizar.
Diamond, Mortensen e Pissarides ganharam o prêmio por suas pesquisas em "job searching" no mercado de trabalho. Sob informação perfeita e completa e sem intervenções, a oferta de trabalho (a única coisa que nós trabalhadores ofertamos, já que não temos empresas) e a demanda de trabalho (empresas demandam mão-de-obra), haveria equilíbrio de oferta e demanda. Mas os custos informacionais impõem problemas que geram esse desequilíbrio: a existência simultânea de muitos postos de trabalho abertos e desemprego é algo que a teoria clássica não conseguia explicar.
Um dos resultados das pesquisas desses sujeitos é de que "an unregulated search market does not give rise to an efficient outcome", como diz a informação "popular" dada pelo site oficial do prêmio. Aliás, esse documento dá dicas de leituras para iniciantes no tema. Novamente, falhas informacionais impedem que resultados eficientes sejam alcançados, como já foi chamado atenção por pesquisadores como Joe Stiglitz, George Akerlof, George Stigler, etc (que já ganharam Nobel também). Portanto, intervenções do governo nesses mercados podem ser justificadas - é claro, há intervenções e intervenções, mas estamos dizendo que é possível uma intervenção que gere um resultado mais eficiente, como ocorrem em casos de externalidades e bens públicos.
Nem sempre a rejeição empírica de teorias clássicas leva necessariamente à aceitação de uma teoria pós-keynesiana de desemprego, como alguns são levados a crer durante a graduação (nem vice-versa). Antes de decidir por uma teoria, é importante observar as outras existentes. Na minha vida as respostas econômicas têm sido mais em tons de cinza do que preto ou branco.
O site do Prêmio também oferece um documento chamado "Scientific Background" que resume as teorias, além de formalizá-las. Um aparato mais teórico que o visitante neófito do blog talvez evite. Conheço pouco o assunto, embora tenha estudado modelos de "searching" no mestrado. Talvez seja uma boa hora para me atualizar.
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