Uma proposta em 1823 relativa à criação de uma universidade em São Paulo agitava os políticos. Um dos debates era a localização. O deputado José da Silva Lisboa defendia a localização da universidade no Rio de Janeiro porque:
"é reconhecido que o dialeto de São Paulo é o mais notável; a mocidade brasileira fazendo ali seus estudos contrairia pronúncia mui desagradável"
Reclamou, com razão, o deputado Pedro José da Costa Barros, do Ceará, que mal havia professores para primeiras letras e já estava se pensando em criar uma universidade. Provavelmente foi ignorado.
Mas depois surgiu uma proposta de criação também de uma faculdade na Bahia. Ao que objetou o deputado Antonio Carlos de Andrade Machado, paulista, acerca da Bahia como sede, uma vez que a Bahia seria:
"a segunda babilônia do Brasil; [onde] as distrações são infinitas e também o caminho da corrução. É uma cloaca de vícios..."
Bons tempos em que as pessoas eram politicamente corretas [ironia]. E eu tentando estudar financiamento da educação na história...
Fonte: Moacyr, P (1936) "A Instrução e o Império" apud Melchior, J. C. A. (1981) "A política de vinculação de recursos públicos e o financiamento da educação no Brasil", p. 28-30 nota.
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