Jeff Williamson e sua mulher Nancy assitiram um samba conosco em um bar na Vila Madalena. Além do casal ser bem-humorado, pagaram todas as despesas (incluindo táxi e bebidas). Das cervejas que experimentamos, ele gostou bastante da Bohemia.
Mas indo para o assunto principal, o curso do professor emérito de Harvard está sendo muito interessante. Na terça-feira, Jeff discutiu globalização e desigualdade, tentando mostrar que grande parte da queda da desigualdade na Inglaterra a partir de meados do século XVIII não teria se devido apenas ao aumento da produtividade causado pela Revolução Industrial. Um fator importante também teria sido a abertura comercial, aumentado a taxa salários-renda da terra: uma conclusão de modelos como Stolper-Samuelson. Aqui na periferia, teria ocorrido o oposto.
Na quarta, discutimos muitas questões. Saí confuso em relação aos efeitos de protecionismo, tarifas e livre comércio. Há muito para ser estudado ainda em relação ao tema. Resta saber o que Jeff Williamson vai falar na sexta sobre a desigualdade latino-americana. Como sempre, ele vai questionar o que ele considera exageros da literatura institucional e chamar atenção para questões mais básicas como preços, oferta, demanda, etc.
Todos comentam como Jeff Williamson é tranquilo: sem arrogâncias apesar de todo o reconhecimento que tem. Em uma conversa ontem à tarde com os alunos, ouviu todos e comentou a pesquisa que cada um está fazendo.
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