Hoje iniciou um mini-curso em história econômica com o Prof. William Summerhill, do Departamento de História da UCLA. O curso trata especificamente do crescimento de longo-prazo e do atraso latino-americano. A primeira aula foi interessante: ele discutiu algumas das teorias para o atraso baseado em instituições.
Depois de Summerhill apresentar extensivamente o trabalho de Acemoglu, Johnson e Robinson (2002) e criticar alguns de seus aspectos, alguns de nós começamos a discutir acerca do determinismo dessas teorias. Todas elas buscam uma explicação no começo da colonização para o surgimento das subseqüentes instituições que teriam levado ao atraso latino-americano.
Afinal, é pelo início da colonização que se explica o atraso? A sensação geral é de uma idéia de "pecado original" e que, portanto, não é possível melhorar muito a situação. Até que ponto ou qual a proporção do atual atraso que podemos atribuir a fases iniciais da colonização?
Apenas uma questão para os leitores refletirem.
Depois de Summerhill apresentar extensivamente o trabalho de Acemoglu, Johnson e Robinson (2002) e criticar alguns de seus aspectos, alguns de nós começamos a discutir acerca do determinismo dessas teorias. Todas elas buscam uma explicação no começo da colonização para o surgimento das subseqüentes instituições que teriam levado ao atraso latino-americano.
Afinal, é pelo início da colonização que se explica o atraso? A sensação geral é de uma idéia de "pecado original" e que, portanto, não é possível melhorar muito a situação. Até que ponto ou qual a proporção do atual atraso que podemos atribuir a fases iniciais da colonização?
Apenas uma questão para os leitores refletirem.
Comentários
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/270808/mainardi.shtml
Abraço,
João Melo
Não sei, mas não interpreto o paper de AJR (2002) como um indício de "pecado original" ou determinismo histórico. O que eu entendo de AJR é que a colonização representa um variação exógena nas instituições (um experimento natural), que permite identificar o efeito das instituições sobre o desempenho econômico. Isso não significa que a colonização é o único fator. A mensagem parece ser o contrário. Ao invés de fatores alheios ao homem, como o clima ou a geografia, as instituições são construções humanas, portanto, passíveis de serem mudadas.