Stein dos Rabiscos, com sua eloqüência e conteúdo habituais, criticou duramente meu post recente. Vamos por partes, começando pelo salário-eficiência. A idéia de que o salário-eficiência é uma situação que se sustenta no equilíbrio é uma idealização. Parte do pressuposto implícito de que não exista uma competição entre os trabalhadores empregados e os desempregados. Os desempregados que realmente quisessem trabalhar estariam dispostos a assinar contratos que garantissem sua produtividade. Além disso, se os trabalhadores não querem produzir a quantidade “X” ao salário “Y”, eles se enquadram na categoria de desemprego voluntário, ou seja, não fazem parte do desemprego do qual Keynes falava. Portanto, os salários são flexiveis e o que a teoria do salário-eficiência descreve é apenas um dos motivos pelos quais os trabalhadores decidem não trabalhar. Segundo Romer (2005), cap. 9, o qual trata do desemprego, a hipótese fundamental tanto no modelo básico de salário-eficiência como no modelo
Oikomania: Reflexões em História Econômica, Desenvolvimento e Filosofia Política